Antes que me torne um eremita completo, ocuparei este espaço para falar e discutir um pouco, com simplicidade, sobre a vida, com suas alegrias e tristezas. Pode ser que acabe falando comigo mesmo. Neste caso, pelo menos prevalecerá a minha opinião.
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segunda-feira, 1 de julho de 2019
TOMOU O BARCO
Foi-se o tempo de sair catando cartuns do Mordillo pela internet. No sábado (29), o renomado cartunista argentino, Guillermo Mordillo tomou o barco, aos 86 anos, em Mallorca - Espanha.
Nascido em Buenos Aires, teve que sair do seu país aos 23 anos, por problemas políticos. Segundo Mordillo, "os governantes nunca foram bem humorados". Passou pelo Peru e Estados Unidos e em Paris, nos anos 70, conseguiu fama mundial.
Uma de suas características era a constante ausência de falas. Cartuns mudos.
Um artista.
Viver é Perigoso
CAINDO NA REAL
Entrevista do excelente ator Pedro Cardoso, que marcou época na televisão brasileira como o Agostinho - Grande Família.
Estranhou quando se mudou para Portugal, há quatro anos e percebeu que o novo país não oferecia algumas facilidades encontradas por aqui.
No Brasil, não é estranho que os serviços domésticos do lar sejam feitos por pessoas contratadas. Segundo ele, “O Brasil é um país tão pobre que sempre tem alguém mais pobre que é pago para limpar a casa.”
Ao chegar em Portugal, o ator concluiu que ter empregados domésticos não fazia muito sentido por lá. “É moralmente deselegante".
A solução foi pendurar o pano de prato no ombro e botar a mão na louça suja, arrumar a cama, lavar a roupa. Todos os dias, gasto três horas para cuidar da casa. Tudo isso me faz respeitar ainda mais as mulheres.”
A agenda doméstica também molda a relação com Graziella, sua mulher. “Quando queremos ir ao cinema, eu vou em uma sessão e ela vai em outra, para que alguém fique com as crianças.
(Estadão)
Blog: Situação absolutamente normal
Viver é Perigoso
SEM O ATOR PRINCIPAL
A homenagem aconteceria no sábado à noite (20:00 horas) no Salão Paroquial, cedido gentilmente pelo generoso Padre Vicente.
Afinal, naqueles tempos, completar 70 anos era para poucos.
Foi uma maneira que os filhos, todos já casados, vizinhos e amigos, levantarem a moral e o ânimo do Sô Orlando.
Morando sozinho desde a partida definitiva e repentina da Alzira, recém-aposentado da FI (Fábrica de Armas), o Botafogo perdendo de todo mundo, nada que prestasse em nenhum dos dois canais da televisão, decepção na política com Jânio Quadros (proibiu o uso de biquine e de brigas de galo), o rádio só tocando essa chatice chamada de bossa-nova e pior, no Cine Paratodos só andava passando "bombas".
Antigamente ter 70 anos era ser velho, ou melhor, idoso, para não ferir susceptibilidades. Hoje, são quase considerados de meia-idade.
Seria uma belíssima festa surpresa. Arroz doce, sagu, doce de abóbora com coco, língua de sogra, queijadinhas, pasteizinhos de milho e um senhor bolo com 70 velinhas, o que obrigou a utilização de um rocambole como anexo para a fixação de todas.
Maravilha. Segredo mantido a custa de muitos beliscões na criançada.
Sábado 20:00 horas e salão lotado. Acertou-se que o vereador Silvio diria algumas palavras sobre os valores do aniversariante. O generoso padre abençoaria tudo e todos.
Hora de buscar o Sô Orlando.
Luzes apagadas, silêncio, ronco coordenado e caneca de chá de erva cidreira na cabeceira da cama. Sono profundo.
Comentou desanimada a Alzirinha, filha mais velha, depois de uns cochichos no ouvido do pai e ligeiro chacoalhão:
Nessa batida ele acorda só amanhã.
A festa seguiu com discursos, grapettes, crushs, guaraná rádio e cerveja antarctica faixa-azul.
Ao lado do bolo uma fotografia do Sô Orlando nos seus vinte e poucos anos, trajando sua farda de soldado.
Viver é Perigoso
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