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domingo, 27 de março de 2011

PHOTOGRAPHIA NA PAREDE

De 1922

EXPLICANDO:

O homem precisa viajar.
Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV.
Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

Amir Klink





CARTAS QUE NÃO RECEBI

Itajubá, 19 de março de 2011

Prezado Cidadão

Na minha longa carreira de homem público (no bom sentido) acostumei a resolver tudo "olhos nos olhos". Rende mais. Não acredito em cartas, correio e muito menos essa novidade passageira que chamam de email.
Viajo praticamente toda a semana para a capital para tratar de tudo. Sou um executivo no legislativo. Quero ver as coisas funcionar. Não fui escolhido para ficar de nhennhennhen. Comigo é paf e puf.
Minhas viagens, se ainda não deram, ainda irão dar muitos frutos.
Na semana passada estive lá e falei longamente com o Sr. Aristides Paixão. Motivo: aumento dos salários do pessoal da indústria de material bélico. Por que tratar com o Sr.Aristides ? 
Explico de forma simples e objetiva: O pai do genro dele tem um primo, já aposentado, que mora em Brasília. Esse cidadão, que por razões óbvias terá o seu nome guardado em sigilo, tem um vizinho que foi jardineiro de um conhecido do atual Ministro da Defesa. Resumindo: Através dessa importante via direta, faremos chegar em suas mãos, o nosso pleito, solicitando que o mesmo seja encaminhado ao Ministério da Fazenda, que por sua vez, com toda a certeza o fará chegar até... não sei onde (dei uma perdida no raciocínio).
Como o prezado cidadão poderá concluir, praticamente o assunto está praticamente resolvido.
Depois ficam comentando sobre a inutilidade das nossas viagens.
Ninguém fica sabendo disso, mas o povo não tem ideia de quantas reuniões extraordinárias fizemos (eu e outros colegas) no Bar da Vaquinha na Fernão Dias. 
Ali não tem esse negócio de partido A ou partido B. Cada um pede o pastel que quiser, no mais legítimo ambiente democrático, correndo riscos de nos engasgar com uma azeitona ou um ossinho de frango. Nisso ninguém dá valor.
Resolvido o assunto acima exposto, estaremos partindo para novas batalhas.
Aguardem e verão os frutos do meu insano trabalho.

Saudações democráticas

Seu Representante 

ER   

CANTINHO DA SALA

Esta magnífica tapeçaria de Joan Miró estava no Wold Trade Center, naquele fatídico 11 de setembro. Se perdeu, claro.

Sobre Miró (Walter Erben) - Livro da Fundação Cultural da Boa Vista.

A Fundação Miró, sobre a qual falamos outro dia, que foi visitada também pelo Bianchi e pelo Milton, foi criada pelo próprio artista e não integra apenas as suas obras, mas também as obras de artistas modernos que Miró muito apreciava. Além disso, a Fundação é um ponto de encontro para a troca de idéias criativas, um laboratório do espírito criativo capaz de unir as pessoas. O universo de Miró não é infantil, nem imaturo; também não é abstrato, nem hermeticamente fechado, com o de tantos dos seus contemporâneos. Abarca os pólos extremos da existência humana, as forças básicas da mente e da matéria. E a fim de compreender estes dois princípios vitais, Miró criou os seus símbolos de uma imensa clareza e universalmente reconhecíveis. A sua arte conduz-nos às raízes fundamentais da existência humana. Vai buscar a sua própria existência a esta experiência e permite que toda a gente (de boa vontade) participe nela. Olhando para estas obras de arte, profundamente enraizadas na experiência humana, talvez possamos recuperar alguma dessa inocência do coração e dessa pureza de espírito que tínhamos quando éramos crianças.

Walter Erben

É DISCO QUE EU GOSTO



HOUSE OF THE RISING SUN

Não acredito que exista alguém que nunca escutou um acorde desta música. É uma música do folclore. Creio que ninguém saiba realmente sobre sua origem. Fala de uma estranha casa (a casa do sol nascente) em New Orleans. Foi gravada pela primeira vez em 1928 (era um pouco diferente) por Alger Alexander. O sucesso chegou com a gravação do conjunto inglês "The Animals" em 1964.
A voz (ou uivo) do Eric Burton é realmente marcante.
Matando a saudade.

ER