O governo Lula publica direito de resposta por texto da gestão Jair que exaltou Major Curió. Secom diz que faz 'reparação histórica' após postagem da administração anterior e decisão judicial.
"o governo brasileiro, na atuação contra a guerrilha do Araguaia, violou os Direitos Humanos, praticou torturas e homicídios, sendo condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por tais fatos. Um dos participantes destas violações foi o Major Curió e, portanto, nunca poderá ser chamado de herói. A Secom retifica a divulgação ilegal que fez sobre o tema, em respeito ao direito à verdade e à memória".
Para os que estão chegando agora, no dia 5 de maio de 2020, então sob o comando de Fabio Wajngarten, a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) publicou texto em que classificou como "heróis do Brasil" os agentes públicos que atuaram contra a Guerrilha do Araguaia nos anos 1970. A publicação foi acompanhada de uma imagem de encontro, ocorrido na véspera no Palácio do Planalto, entre Jair e Curió, que chefiou a campanha de repressão no Araguaia. Entre 1973 e 1974, o ex-coronel teve participação direta na perseguição, execução e tortura de guerrilheiros do PC do B que agiam entre o norte de Tocantins e o sudeste do Pará.
Familiares de vítimas do militar entraram com uma ação na 8ª Vara Cível Federal de São Paulo contra a União e contra Curió, que morreu em 2022 aos 87 anos, reivindicando o direito de resposta.
No Araguaia, foram mortos Maria Lúcia, Lúcio e Jayme, da família Petit. Daqui de perto (Passa Quatro), foi morto o famoso Oswaldão, um dos líderes do movimento.
Viver é Perigoso