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quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

ATALHO



" Escrever com a naturalidade da conversa - ideal de todos os que procuram diminuir o mais possível a distância nem sempre saudável entre a expressão oral e a expressão escrita."

Rubens Borba de Moraes

AMIGO SECRETO

 


Viver é Perigoso

UMA DOR QUE NUNCA ACABA



Tomou o barco no último dia 17, a Sra. Amália Lucy Geisel. Estava com 78 anos e era filha do General e ex-presidente da República, Ernesto Geisel.

Geisel, um homem sério, que por um lado fez um governo desenvolvimentista, por outro lado não deixou saudade face ao arroxo político e pelos absurdos ocorridos nos porões da ditadura.

Gaúcho e filho de imigrantes luteranos, ficou definitivamente fechado após uma tragédia acontecida no dia 28 de março de 1957 em Osasco, onde comandava o quartel de Quitauna.

Seu filho Orlando, de 16 anos de idade, indo, de bicicleta, para uma quadra de esportes, foi apanhado por uma composição, na linha de trem, vindo a tomar o barco de imediato. Ninguém presenciou o acidente. O então Coronel Geisel foi avisado por um amigo.

Geisel recusou-se a permanecer no posto, voltando para o Rio de Janeiro, fechando-se por completo. O bloqueio erguido em torno da tragédia foi tão grande que, por muitos anos, a família evitava mencionar o nome de Orlando na presença do pai.

Se fechou por completo. Ernesto Geisel confessou a um amigo: “É uma dor que não acaba”. O General tomou o barco em 1996.

Amália Lucy Geisel, única filha viva do casal Ernesto e Lucy Geisel, teve momentos de fama em 1974, quando Julinho da Adelaide compôs "Jorge Maravilha" onde um verso dizia que "você não gosta de mim, mas a sua filha gosta". Lembrando, que o compositor Julinho era um pseudônimo usado pelo Chico Buarque para fugir da censura.

Viver é Perigoso

ESCRITO PARA VOCÊ



Alexis-Felix Arvers, poeta e dramaturgo francês nascido em Paris em 1806. Ficou mundialmente conhecido por um soneto, o "Soneto de Arvers" (1833), o qual inspirou diversas traduções, peças e livros dedicados inteiramente ao seu desvendamento.

Causou grande polêmica na época, ultrapassando fronteiras, com repercussões através de todo o mundo literário, motivando extrema curiosidade sobre a musa que o teria inspirado.

Apesar de nem sempre a crítica estar em concordância com a celebridade do aclamado soneto, ele permaneceu muito tempo entre os preferidos do público.

O Soneto de Arvers foi traduzido inúmeras vezes, para os mais diversos idiomas, até para o esperanto.

No Brasil, foi traduzido Humberto Mello Nóbrega, Guilherme de Almeida, Olegário Mariano, J. G. de Araújo Jorge.

E imaginem: Pelo D. Pedro II

Minha alma tem um segredo, minha vida um mistério:
Um amor imortal nascido num momento
um amor que nasceu, eterno, num momento.
e aquela que o causou nem sabe o meu tormento.

Terei passado a vida perto dela
Sempre ao seu lado, e sempre solitário
E irei até o fim da minha vida,
Sem nada pedir e sem nada receber.

Quanto a ela, embora Deus a tenha feito doce e terna,
Segue seu caminho, distraída, e sem ouvir
Este murmúrio de amor que se eleva a seus pés;

Piamente fiel ao austero dever,
Lendo esses versos e se maravilhando, perguntar-se-á:
"Quem então será essa mulher ?" e não perceberá.


Viver é Perigoso