Alexis-Felix Arvers, poeta e dramaturgo francês nascido em Paris em 1806. Ficou mundialmente conhecido por um soneto, o "Soneto de Arvers" (1833), o qual inspirou diversas traduções, peças e livros dedicados inteiramente ao seu desvendamento.
Causou grande polêmica na época, ultrapassando fronteiras, com repercussões através de todo o mundo literário, motivando extrema curiosidade sobre a musa que o teria inspirado.
Apesar de nem sempre a crítica estar em concordância com a celebridade do aclamado soneto, ele permaneceu muito tempo entre os preferidos do público.
O Soneto de Arvers foi traduzido inúmeras vezes, para os mais diversos idiomas, até para o esperanto.
No Brasil, foi traduzido Humberto Mello Nóbrega, Guilherme de Almeida, Olegário Mariano, J. G. de Araújo Jorge.
E imaginem: Pelo D. Pedro II
Minha alma tem um segredo, minha vida um mistério:
Um amor imortal nascido num momento
um amor que nasceu, eterno, num momento.
e aquela que o causou nem sabe o meu tormento.
Terei passado a vida perto dela
Sempre ao seu lado, e sempre solitário
E irei até o fim da minha vida,
Sem nada pedir e sem nada receber.
Quanto a ela, embora Deus a tenha feito doce e terna,
Segue seu caminho, distraída, e sem ouvir
Este murmúrio de amor que se eleva a seus pés;
Piamente fiel ao austero dever,
Lendo esses versos e se maravilhando, perguntar-se-á:
"Quem então será essa mulher ?" e não perceberá.