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domingo, 17 de dezembro de 2023

PEDRA DE TOQUE


Mario Vargas Llosa, autor peruano, ganhador do Nobel de Literatura, se despede das colunas jornalísticas. Em 1990, começou a sua coluna no jornal espanhol El País, com o nome de "Piedra de Toque ".

Deixou um recado em sua coluna:

" Meu conselho aos jovens jornalistas, como já disse, é que sempre digam a verdade, mesmo que seja difícil de assimilar e descrever, de acordo cm a realidade. Embora isso mitas vezea seja difícil, sempre há maneiras de se aproximar dela, e se os jornalistas renunciarem à obrigação de dizer a verdade, essa é a fonte de onde derivam todos os males da imprensa, desde o pequeno desconforto até o maremoto que a mentira pode causar.

O jornalista talentoso busca a verdade como uma espada que corta tudo. Contar mentiras, manipular, é fácil, mas, mais cedo ou mais tarde, isso é exposto.

Aquele que diz a verdade e a defende presta um serviço aos seus leitores e ao seu tempo. E a isso que timidamente aspirei com o nome de "Piedra de Toque", de minha coluna em El País. "

Mario Vargas Llosa

Viver é Perigoso

O FUTURO


" Como devo então, pensar ou calcular mu tempo ? Como tempo mecânico, contável, em horas, minutos, segundos ? ou o tempo como ele é percebido pelos meus sentidos ? Em tempo contávelmeu passado contém uma mala cheia. Devo, por isso, pensar que o meu tempo é o passado ? Não sei. Em termos mais dinâmicos, seria melhor que que fosse o presente, como seu dia a dia renovador. Mas, o presente dura pouco, é muito rápido, vertiginoso. Quando agente olha, já é passado. E o passado, já passou. O que resta afinal ? Como perspectiva, só mesmo o futuro. Então é isso: meu tempo é o futuro. 
Até lá, pois."

Carlinhos Lyra

Viver é Perigoso

MERCADO LÓGICO



Finalmente um bom presente de Natal para o Brasil. O texto intraconstitucional da Reforma Tributária passou com folga apesar dos jairsistas. Vem aí a promulgação. 

Não saiu como muitos queriam mas como diz o mestre daqui é um avanço. Só um pouco de preocupação com as leis infra constitucionais que virão. Para regulamentar tudo. Diz o provérbio alemão que o diabo mora nos detalhes.

Mas saltam aos olhos já os avanços. Talvez o mais sentido será a simplificação. Empresas economizarão em tempo/pessoal. Gastos gerados pelo cipoal de leis e regulamentos. Do sistema atual. Deve também diminuir muito a judicialização.

Acaba a cumulatividade (imposto sobre imposto ou cobrança “por dentro”). Os dois IVAS passam a incidir no destino. Não na origem. Após um período de transição. Guerra fiscal e “passeio” de mercadorias e notas fiscais entre estados tendem a acabar.

Pelo menos mais duas coisas boas: criação do Imposto do Pecado (seletivo) para produtos que agridem a natureza ou a saúde: bebidas e cigarros p. ex. Estímulos aos biocombustíveis cobrando mais dos fósseis. Infelizmente armas e munições ficaram de fora. Bancada da bala atuante.

Algumas isenções totais e parciais discutíveis, mas no geral OK.

O tal Cashback (devolução de impostos para uma certa camada da população) aprovado será um avanço rumo a justiça tributária e o combate a distribuição de renda extremamente desigual entre nós.

Finalmente um IPVA para veículos dos ricaços – jatinhos e lanchas por ex. E a tributação sobre heranças progressiva. ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) será cobrado no domicílio do ente falecido.

Ainda vão um par de anos para a conclusão. Mas o primeiro e importante passo foi dado.

Para 2024 a discussão será a Reforma Sobre a Renda. Cobrar mais da renda e menos dos salários e aposentadorias.

Mercado-Lógico

Blog: Caro Mercado Lógico, me envolvi muito com o tema. EM 1978 fui trabalhar em Manaus pela Abinee, para acompanhar de perto o impacto dos incentivos fiscais na indústria eletro/eletrônica instalada em outras regiões do Pais. Fiquei por lá 5 anos, fora da entidade de classe e trabalhando na indústria. Desde aqueles tempos esperando a Refoma Tributária. Usando de artíficios legais, trabalhamos para diversas empresas se intalarem em Itajubá. Repetindo, foi uma conquista a aprovação da reforma. Em tempo, foi preservado o direito constitucional dos benefícios em Manaus. São intocáveis. Mas o problema não é esse. A Questão é a concessão de benefícios buscados por outras regiões, que por questão de logísticas tirarão a competitividade da ZFM. Abraço.

Viver é Perigoso    

INFLUÊNCIA DO JAZZ

Comentou o amigo músico violonista, Taylor Monteiro

Influência do jazz, na minha opinião está entre as 5 músicas mais importantes na história da MPB e da própria bossa nova. Ao lado de Chega de Saudade e Garota de Ipanema.

A sofisticação harmônica e a letra criticando os incautos que diziam que a bossa nova era americanizada e por isto não tinha valor como música brasileira. O eterno sindronome de vira latas kkkk.

Conheci o Tom Jobim pessoalmente e me mostrou um calhamaço de críticas destrutivas que colecionava e ficava em cima do seu piano.

O lendário crítico Tinhorão chegou a fazer mestrado tentando provar que o Tom e a turma da bossa nova eram plagiadores e músicos de jazz kkk.

O Carlos Lira foi o único da turma Zona Sul apartamento a ter aulas com o Garoto (Anibal Augusto Sardinha), outra lenda que viveu somente 39 anos e deu aula também pro Luiz Bonfá e pro Laurindo de Almeida. Os dois foram para os USA e ficaram ricos e famosos.

O Laurindo tocou em mais de 700 trilhas pra Hollywood e o Luiz foi o único brasileiro a ser gravado pelo Elvis. O Garoto além do violão tocava bandolim, cavaquinho, violino e criou o violão tenor.

Aqui em itajuba o único que tinha é tocava muito um violão tenor era o saudoso Fernando Feichas, filho do seu Pedrinho Feichas, violinista do grupo Serra da Mantiqueira. Meu amigo e mestre.

O Roberto Menescal talvez agora, o último dos moicanos me contou que o Carlos Lira ficava falando pra ele ter aulas com o Garoto porque iria desenvolver muito. Quando conseguiu arrumar dinheiro e marcar sua primeira aula, chegou no apartamento do Garoto e foi recebido por sua esposa chorando dizendo que o Garoto tinha acabado de morrer. Isso foi e 1955.

O que o Garoto ensinou pro Carlos Lyra ele passou pro Menescal tempos depois.

Taylor Monteiro

Viver é Perigoso