Itajubá, 16 de setembro de 2016
Caro Dr. Ricardo Mello
Há poucos meses fomos honrados com sua visita. Na Boa Vista, é claro. Sem recados, telefonemas e bilhetes, chegou de mansinho, bateu palmas no portão e de lá mesmo consultou sobre a possibilidade de trocarmos umas palavras.
Apreciei sua sinceridade, coragem e determinação ao falar da possibilidade de se tornar candidato à Prefeitura de Itajubá. Agradeço sua confiança em adiantar, em poucas palavras, os seus planos, projetos, dificuldades e esperanças de novos tempos.
A caminhada estaria apenas iniciando. Impressionou-me ao falar dos seus desencontros, decepções, grandes perdas e enormes alegrias acontecidos pela vida afora.
Dr. Ricardo, conheço-o, mesmo de longe, desde os meados dos anos 80, quando voltamos a residir em Itajubá. Aprendi a admirá-lo pela sua dedicação e envolvimento com a saúde pública. Sou testemunha de sua intervenção em inúmeros casos que vieram minimizar sofrimentos.
No momento em que a sua candidatura é uma realidade, confirmo-lhe o que foi lhe dito pessoalmente. No meu modo de ver, o Senhor preenche, com todas as condições do mundo, a principal característica que se exige do homem público: Visão social apurada.
As demais exigências, também importantes, como a coragem, determinação e honestidade lhe são natas.
Defeitos, todos os temos. Na política tradicional, sua espontaneidade, respostas curtas e diretas e até uma certa secura no debate, são defeitos. Não os corrija.
Adicione apenas algumas gotas de paciência.
No final da nossa agradável conversa, tomei a liberdade de fazer alguns comentários sobre campanhas políticas majoritárias em Itajubá. Perdão pela pretensão, mas sobre o tema, experiência não me falta. Conheço bem o palco e os atores.
Falei sobre a possibilidade da ocorrência de tentativas de insultos, ofensas, inverdades e verdades distorcidas. Comentei sobre os seus possíveis adversários, adiantando que deles não partiria nenhuma ação nesse sentido. Deixando claro, que não por ter ocorrido alguma evolução nas pessoas e no modo de fazer política, mas porque, no caso específico, estariam usando como armas, bumerangues.
Não existe maneira de controlar enorme equipe de assessores e de contratados temporariamente para campanhas eleitorais. Querem mostrar serviço e fazem enormes besteiras.
Pelo que leio é o que começa a acontecer.
Siga avante. Ficaremos sempre contentes em recebê-lo.
Um abraço,
Viver é Perigoso