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domingo, 5 de abril de 2020

FOGUETÓRIO


É do conhecimento geral que a terrinha poderia ser tratada por Capital do Foguete. Hoje à tarde/noite os "caramurus" voltaram a espocar na cidade.

Um vizinho passando pela rua, na Boa Vista, é claro, acenou cumprimentando e disse bem alto:

- Deve ter saído gol do corona.

Agora á noite o noticiário confirmou. Foi mesmo.

Viver é Perigoso

TEM JEITO NÃO


"De algumas pessoas do meu governo, algo subiu à cabeça deles. Estão se achando demais. Eram pessoas normais, mas, de repente, viraram estrelas, falam pelos cotovelos, tem provocações. A hora D não chegou ainda não. Vai chegar a hora deles, porque a minha caneta funciona. Não tenho medo de usar a caneta, nem pavor. E ela vai ser usada para o bem do Brasil. Não é para o meu bem. Nada pessoal meu.".

Jair

Blog: Continua agindo como um veterano deputado. Manda recados para os adversários. Óbvio que se refere ao Ministro da Saúde. Tem a caneta ? demita ! 

Viver é Perigoso

MOMENTOS MÁGICOS



Viver é Perigoso

THE END OF OCTOBER

Os clássicos nos trazem diferentes eventualidades. 

Em A Peste,  Alberto Camus conta que, em situações desesperadoras, surge o pior da sociedade: o egoísmo, a irracionalidade, o medo. 
A Morte em Veneza, de Thomas Mann, mostra o perigo de resistir a seguir as indicações para evitar o contágio. 
Em Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago desmascara “uma sociedade podre e desfigurada”. 
Mais recente é Guerra Mundial Z, infestada por zumbis.

No mercado americano, a partir do dia 28 de abril, o livro " The End of October - do escritor premiado, Lawrence Wright (já a venda na Amazon por US$ 25,16). Conta o périplo de um epidemiologista da OMS na luta para encontrar uma cura para um vírus mortal antes que acabe com a civilização. 

The End of October começa com o relato da morte “surpreendente’” de 47 jovens internos de um campo de refugiados para homossexuais localizado no oeste da Ilha de Java, na Indonésia. Logo o vírus se espalha e força a cidade de Meca, abarrotada de 3 milhões de fiéis, a ficar em quarentena.

A doença que Lawrence Wright imagina é semelhante à gripe, assim como o coronavírus. E muitos pacientes sofrem pneumonias virulentas, como na triste realidade.

No livro, as vítimas não são os idosos, como acontece com o coronavírus, mas as pessoas mais saudáveis, como aconteceu durante a gripe de 1918. “Seu sistema imunológico era tão robusto que sobrecarregava o corpo e acabavam se afogando em seus próprios fluidos”.

No romance são narrados momentos de ocultação de informações para não provocar o pânico dos cidadãos, o protagonista incentiva sua mulher a comprar comida suficiente para dois meses e se ouvem frases que são dolorosamente reais: “Toda vez que tentamos confinar o vírus fazendo quarentenas, ele sempre encontra uma maneira de escapar”.

Wright especula sobre os problemas sócio-políticos que podem surgir por culpar outros países pela pandemia. Alguns senadores norte-americanos afirmam que o coronavírus é uma criação da China, observa. “Quando não temos evidências de que alguém, exceto a natureza, o tenha manipulado, é terrivelmente perigoso procurar culpados.” 

(Dados - El País) 

Blog: Pois é...

Viver é Perigoso

HERÓIS E HEROÍNAS

Harrison Fisher - (Americano, 1875-1934)- Cartaz da Cruz Vermelha,
Dez médicos, uma enfermeira e um auxiliar faleceram na Espanha, contagiados pelo coronavírus, por contato com pacientes. Cerca de 12.300 profissionais da saúde estão com o vírus. Perto de 15% do total de casos.

Viver é Perigoso



TAMBÉM, NEM TANTO


Um casal de Raipur, na Índia, decidiu batizar os filhos em “homenagem” ao novo coronavírus. As crianças, que nasceram em 27 de março, ganharam os nomes de Corona (uma menina) e Covid (um menino).

Os pais afirmaram que a escolha aconteceu para que os bebês, quando crescidos, se lembrem das dificuldades que precisaram superar para chegar ao mundo. As informações são da Press Trust of India.

Viver é Perigoso

PORQUE HOJE É DOMINGO



Viver é Perigoso

FALOU E DISSE !


Incrível, como dois sem declarações do Bolsonaro, já deram uma melhorada no cenário. Mas escreveu a Dorrit Harazin, traçando um paralelo entre Trump e o nosso Presidente:

"...por força da necessidade e do gigantismo da crise, Donald Trump e Jair Bolsonaro optaram por terceirizar o problema, que acabou em mãos de quem não comunga das crenças e disparates dos dois presidentes. 
Trump e Bolsonaro acreditaram poder desresponsabilizar-se da marcha da pandemia içando a primeiro plano dois personagens que não poderiam ser mais diferentes entre si — o nova-iorquino Anthony Fauci, a maior autoridade americana em infectologia, e, aqui, o deputado formado em Ortopedia Luiz Henrique Mandetta, atual ministro da Saúde. 
Ambos conquistaram o respeito e a confiança de quem os ouve pela abordagem científica e realista do combate ao coronavírus. Ambos, também, começam a pagar por isso.
Esta semana o franzino e bem-humorado Dr. Fauci , que já serviu a vários ocupantes da Casa Branca e chegou aos 79 anos de idade com biografia estelar, passou a precisar de proteção extra de agentes de segurança. Tem recebido ameaças de morte em demasia por parte de seguidores de Donald Trump. 
Em Brasília, Mandetta cometeu o pecado capital de seu Ministério da Saúde ter ultrapassado o presidente em aprovação na condução do combate ao vírus. Não só ultrapassou, esmagou: 76% a 33%, segundo o último Datafolha.
Sobreviver nessa dislexia nacional não tem sido fácil nos dois países. 
Em Washington, Donald Trump consegue embaralhar uma frase que começa com “Isto não é uma crise financeira, é apenas um momento temporário no tempo” com o anúncio da injeção de US$ 1 trilhão na economia do país. 
Em Brasília o comportamento de Jair Bolsonaro é ainda mais errático, sempre que tem um microfone pela frente. 
Para não concluir de forma sorumbática, vale recorrer às memórias de um generoso humanista do século 20, o escritor Paul Goodman. “Esperança é o contrapeso para o nosso enorme sentido de vulnerabilidade”, escreveu em suas memórias. “É a nossa permanente negociação entre otimismo e desesperança, a contínua negação do cinismo, ingenuidade. Temos esperança justamente por termos consciência de que eventos tenebrosos são sempre possíveis e não raro prováveis. Mas as escolhas que fazemos podem impactar o seu desenlace”.

Dorrit Harazin

Viver é Perigoso

E O MUNDO


Viver é Perigoso