Sinceramente não sabemos a razão que levou o Governador Anastasia a cancelar sua vinda a terrinha, programada para acontecer na semana passada e constava da programação do aniversário da cidade.
Episódios como esse colocam a nossa cabeça para pensar e colocar a barba de molho.
Descerramento de placa inaugural das obras ? De quem é o terreno ? Já pertence ao Estado ? Ao município ? Foi desapropriado ?
Ficamos atônitos quando lemos e ouvimos que o projeto do nosso campo de pouso estaria orçado em algo próximo dos R$ 100 milhões.
Absurdo.
Não aceitamos o mal emprego de recursos públicos em lugar nenhum, muito menos que sejam enterrados na nossa terrinha.
A expansão de simples pista de pouso para ensaios e testes de helicópteros seria razoável e com custos extraordinariamente menores.
Aliás, como tudo é momento e oportunidade, ao meu ver, um aeroporto de 100 milhões não é prioridade para
o desenvolvimento de Itajubá.
Aeroporto minha gente é um investimento regional e olhe lá. O
de Pouso Alegre poderá atender muito bem todo o Sul de Minas. O tempo de carro
gasto de lá até a nossa Cidade é de 30 a 40 minutos.
Para se ter uma idéia, com esse tempo ainda nem teríamos conseguido sair do
estacionamento de Cumbica ou Congonhas. É só manter a estrada boa como está,
fazendo a terceira pista em alguns gargalos e melhorar a sinalização.
E quando as autoridades vierem?... Que bom! Irão reconhecer a importância
das estradas . Ou Deputado e Governador não podem sentir chacoalhões ?
Empresários muito ocupados ? Perdem mais tempo nos
deslocamentos em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. É urgente ?
Deslocam-se de Pouso Alegre para cá, de helicóptero, levando 10 minutos e ainda
fazem propaganda do nosso mais nobre produto,qual seja, o próprio
helicóptero.
Cargas aéreas, com peças e componentes ? Balela. No caso de
importados, têm que passar pela alfândega em São Paulo, Rio ou BH, quando muito desembaraçando em Varginha.
Com certeza, queimar 100 milhões de reais, nessa conjuntura
e nesse momento, não faz sentido.
Essa pista, no momento, se tiver um pouso por dia,
será muito. Provocará pela raridade, quando muito, uma corrida das crianças para
ver o avião.
Gente, a prioridade hoje é a construção do rodoanel, com os caminhões passando por
fora do perímetro urbano da Cidade.
Hoje, a prioridade um da terrinha é a construção do Rodoanel.
O projeto já está rascunhado, originando-se na
rodovia BR-459,
vindo de Pouso Alegre, saindo a esquerda na reta de Piranguinho, passando por trás, cruzando a
rodovia Itajubá -
Maria da Fé, antes de se chegar na Sede Campestre do Clube Itajubense, passando
próximo à pedreira da Imbel, indo desembocar de novo na BR-459, próximo da Cabelauto.
Isso alavancaria o desenvolvimento da Cidade para o
outro lado, com construções de postos de gasolina, hoteis, restaurantes, oficinas e conjuntos
residenciais.
Valorizaria de imediato a entrada da Cidade, ficando mais
humana e o principal, desafogando o trânsito da Cidade toda.
Esse projeto tinha que estar dentro do tal de PAC.
Mas como tenho escrito, nossa força política é zero, exceto para conseguir penitenciaria e congeneres.
A criatividade é fundamental nesse momento. Há que se buscar
parceria com o Exército que dispõe de máquinas e operadores preparados.
Negociar os terrenos à beira do rodoanel que serão muito valorizados e por que
não, buscar uma parceria com a iniciativa privada para explorar um pedágio nesse trecho ?
Creio que se viabilizaria economicamente.
Para isso é necessário vontade política e as forças que
dirigem a Cidade pensarem um pouco mais no Itajubá de amanhã.
Temos gente para
isso.
ER