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domingo, 25 de dezembro de 2022

LIVRO, PRESENTE DE AMIGO

 


Aqui está um livro bom para ser lido por aqueles que insistem em se manter à tona. 

"Poder Camuflado" - Os militares e a política, do fim da ditadura à aliança com o Jair - Fabio Victor - Companhia das Letras - 446 páginas.

A chegada do Jair à Presidência da República deflagrou intensa atuação política de representantes das Forças Armadas, os quais passariam, uma vez no governo, a se envolver em episódios graves - e embaraçosos - para a integridade da própria instituição.

"Poder Camuflado" mostra que essa é uma história de raízes mais antigas.

Fábio Victor reconstruiu a atuação política dos militares desde a reabertura democrática, em 1985, até o Brasil de Jair.

Livro essencial para o estudo das Forças Armadas do Brasil.

Viver é Perigoso

JUÍZO MOÇADA

 

Viver é Perigoso

JUÓ BANANÈRE



Alexandre Ribeiro Marcondes Machado, nascido em Pindamonhangaba em 1892. Engenheiro, escritor , poeta, fez fama por criar obras literárias numa linguagem falada pela expressiva colônia italiana de São Paulo, na primeira metade do século XX.

Ficou conhecido nacionalmente como Juó Bananère.

Durante a infância morou em Araraquara e Campinas. Trabalhou pouco como engenheiro. Como jornalista, passa a escrever artigos para o jornal O Estado de São Paulo e, em outubro de 1911, começa a assinar uma coluna na revista semanal O Pirralho, um periódico literário, político e de humor.

Com sua irreverência, incomodou diversas figuras proeminentes da política e do governo de sua época. Tomou o barco em São Paulo em 1933.

Adoniram Barbosa (Trem das Onze, Saudosa Maloca) seguiu quase o mesmo jeito de falar do italiano da Mooca.

Aqui um poema inconfundível de Juó Bananère

Ficas n'un ganto da sala
P'ra fingi chi non mi vê,
E io no ôtro ganto
Stô fingino tambê.

Ma vucê di veiz in veiz
Mi dá una brutta spiada,
E io tambê ti spio
Ma finjo chi non vi nada.

Cunversas co Bascualino
P'ra mi afazê a gelosia,
Ma io p'ra mi vingá
Cunverso tambê c'oa Maria.

Tu spia intó p'ra Maria
Con ar di querê dá n'ella;
P'ra evitá quarquére asnêra
Si afasto i vô p'ra gianella.

O firmamento stá scuro
I na rua os surdato apita,
Inguanto nu ganto da sala
Tu fica afazéno "fita".

Marietta non segia troxa,
Non faccia fita p'ra gente,
Perchê vucê quêra ô non quêra
Io ti quero internamente.

Viver é Perigoso