Dentro dos princípios básicos que norteiam Itajubá nos últimos tempos, assim avança o assassinato de uma praça e a criação de outra nova.
1 - Um garimpador de recursos públicos descobre uma possibilidade de obtenção de financiamento para determinada obra.
2 - Precisa-se da apresentação de algum projeto para aprovação do financiamento. Dentro do valor disponível, encomenda-se de prateleira um projeto meio padrão. Projeto aprovado pelo financiador. No caso, próprio para construção de uma praça nova e não revitalização de um local cercado de história.
3 - Providencia-se uma concorrência ou algo equivalente, que é vencida por uma empresa da cidade.
- Consulta-se algumas entidades apresentando croquis elaborados pelo computador. Os lojistas estão preocupados sobre o montante que vai sobrar para eles na "parceria" (R$ 877,60 por metro da frente do estabelecimento em 24 meses). Felizes, aprovam.
- Num ano eleitoral existem prazos para liberação dos recursos, sendo que as parcelas são pagas com a medição do trabalho executado, que avança a toque de caixa. Iniciam-se as obras.
- Atônitos, desinformados e preocupados, cidadãos buscam informações sobre a total descaracterização da principal praça da cidade mostrada pelas poucos fotografias publicadas . Acontece a inevitável movimentação popular. É programada uma manifestação pública.
- Levada pela pressão a Administração apresenta um resumido relatório sobre como ficará depois de criado, o "frankstein". Caridosamente prometem não derrubar árvores, manter a estátua do Dr. Theodomiro num cantinho a jubilosamente anunciar a construção de privadas.
Ah! ao povo preocupado ? as batatas !
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