Em São Paulo tem um time de futebol muito admirado. Já foi o segundo time de muitos torcedores. Falo do Juventus, da Mooca, também conhecido como "moleque travesso". Em épocas jurássicas assisti alguns jogos no seu estádio na Rua Javari. E outros no Pacaembu.
Time do grupo dos chamados "pequenos", mas extremamente lutador. Muito brio.
Começava a partida de maneira feroz. Levava a sua torcida ao delírio. Após alguns minutos, passado o entusiasmo, entregava os pontos. Terminava a partida lutando para apanhar de pouco.
Foi o que, no meu modo de ver, aconteceu hoje na entrevista do Prefeito à Celinha Rennó, na JovemFM.
A Celinha começou firme. Inquisidora e não propensa a acatar as enrolações de praxe. Como o Juventus, lutou, questionou e insistiu até acontecer o primeiro intervalo comercial.
Talvez, considerando os novos tempos, deve ter respirado fundo, refletido, atentou para algumas placas de redução de velocidade e tirou o pé do acelerador.
Entendemos.
O fôlego concedido possibilitou ao entrevistado, dentro da nova realidade, passar uma senhora descompostura na emissora por noticiar determinado montante de gastos com a reforma da praça Theodomiro Santiago.
Entendemos.
Seguindo a jogo, a conversa avançou sem novidades. A conta da momentânea dificuldade financeira, como todo a país anda fazendo, foi jogada no colo do governo federal. Desta vez o governo estadual foi poupado.
Que o partido do prefeito, desde o Vice Zé de Alencar, por duas vezes e o Temer, outras duas, as presidências da Câmara Federal e Congresso é cúmplice ou aliado ou parceiro, todos sabem e nada foi dito.
A boa notícia, dentro da nova realidade, foi a informação que os Secretários Municipais estão liberados para conceder entrevistas para a JovemFM.
Finalizando, acredite se quiser, o nome do Deputado Bilaquinho não foi citado em nenhum momento. Estranho.
Mais estranho ainda: encerrado o programa, colocaram para tocar um hino da cidade, ou algo parecido, por um bom tempo. (?)
Entre os mortos e feridos salvaram-se todos.
Viver é Perigoso