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sexta-feira, 14 de junho de 2019

SOB A LUZ DE VELAS


Ensinar não é encher um vaso, mas acender um fogo.

Montaigne

Viver é Perigoso

THE INTERCEPT - MUITA GRANA


Nos últimos dias, desde que publicou os diálogos de Moro com Dallagnol, o The Intercept passou a ser acusado de usar material ilegal, extraído por um hacker, e também de ser um veículo de esquerda nessa polarização que tomou conta do País. 

De onde vem o The Intercept? Todas as questões levam a um personagem central. Trata-se do bilionário Pierre Omidyar, fundador do eBay, dono de uma fortuna estimada em US$ 13,4 bilhões.

Filho de imigrantes iranianos – seu pai era um cirurgião médico que trabalhava na John Hopkins University e sua mãe, doutora em linguística pela francesa Sorbonne –, Omidyar cursou ciências da computação na Tufts University, de Massachusetts.

Formado em 1988, trabalhou na Claris, que desenvolvia software para a Apple, e em 1991 fundou a empresa Ink Development, que viria a se tornar e-Shop, com foco no e-commerce. Em 1995, inaugurou um site de leilões chamado Auction Web, o embrião do que se tornaria o eBay. O eBay conta com 180 milhões de usuários ativos no mundo, faturou US$ 10,7 bilhões em 2018 e está entre as dez marcas de varejo mais conhecidas do planeta. Na terça-feira, 11 de junho, seu valor de mercado na Nasdaq batia em US$ 33,24 bilhões.

Hoje, o magnata vive no Havaí, tem participação em várias companhias, é dono da rede de resorts Montage Resort and Spa, com unidades na Califórnia e no México, investe no setor imobiliário e ainda é acionista do PayPal e do eBay. 

Omidyar, nascido na França e radicado nos Estados Unidos, o homem que financia o The Intercept e outros projetos de mídia ao redor do mundo. Só o The Intercept, com operações nos Estados Unidos e no Brasil, foi anunciado em 2013 com um cheque de US$ 250 milhões da fundação First Look Media.

O magnata investe em empresas de impacto social, direitos civis e digitais, e educação por meio do Omidyar Network, fundação que já aportou US$ 1,49 bilhão em vários projetos. 

Entre os projetos financiados estão os coordenados pelo ICIJ - Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. Em 2016, mais de 400 jornalistas de 76 países publicaram juntos os famosos documentos do escândalo batizado de Panamá Papers, com dados de empresas offshore abertas pelo escritório Mossack Fonseca.

Em 2017, o mesmo ICIJ publicou outra série de denúncias no que foi chamada de Paradise Papers. Elas revelavam que a elite global, como a rainha Elizabeth II, a cantora Madonna, chefes de Estado de várias partes do globo e grandes empresários brasileiros mantinham dinheiro em paraísos fiscais.

Apesar de ser a startup jornalística com mais dinheiro em caixa para operar de que se tem notícia, o The Intercept vem tentando ser menos dependente de um único “mecenas”. “A gente quer ter mais independência em relação à fundação”, diz Leandro Demori, editor-executivo do The Intercept Brasil.

Para isso, adotou, desde o ano passado, o financiamento coletivo. Os leitores entram na plataforma catarse.me e colaboram com a quantia que quiserem. O objetivo era o de alcançar uma quantia de R$ 60 mil por mês. Até a tarde da terça-feira, 11 de junho, o site já contava com uma colaboração mensal de R$ 92,5 mil.

(dados neofeed.com)

Viver é Perigoso

FALOU E DISSE :


"Os babacas ousam tudo, e é isso mesmo que os denuncia."

Lino Ventura no filme de 1963 -  Testamento de Um Gangster

"Os babacas ousam tudo, e é isso mesmo que os denuncia. Eles ousam tudo porque não sabem nada ou quase nada. Falta-lhes experiência, competência. Aliás sua audácia será mesmo audácia ? Provavelmente não: eles são incapazes de avaliar o risco que se dispõe a correr"

Charles Pépin - As virtudes do Fracasso

Viver é Perigoso

COPO D´ÁGUA


Moro: “Não vou pedir desculpas por ter cumprido o meu dever”

Viver é Perigoso

TOMOU O BARCO


Estimulado pelo meu pai, que tinha esse saudável hábito, leio diariamente pelo menos um jornal. Começando com "O Jornal", passando pelo "Diário de Notícias", "Correio da Manhã", "Folha de São Paulo", "O Estado de São Paulo, "Jornal da Tarde " e o melhor de todos, durante um certo período: "O Jornal do Brasil". Não sei explicar a razão, mas muito pouco "O Globo".

A gente acaba se apegando aos colunistas. Ou esperando avidamente a leitura da coluna ou odiando a publicação da coluna.

Sempre admirei, discordando poucas vezes, do jornalista Clóvis Rossi, que tomou o barco hoje em São Paulo aos 76 anos. Estilo único. Firme e de uma finura irônica única.

Rossi formou-se em jornalismo pela Fundação Cásper Líbero e iniciou na carreira em 1963. Trabalhou em três dos quatro grandes jornais do país: no Estadão, na Folha e no Jornal do Brasil. 

Clóvis ganhou os dois mais importantes prêmios jornalísticos para jornalistas da América Latina, o Maria Moors Cabot, concedido pela Columbia University, e o prêmio pelo conjunto da obra da Fundação para um Novo Jornalismo Iberoamericano, que recebeu das mãos do criador da Fundação, o Nobel Gabriel Garcia Márquez.

É também cavaleiro da Ordem do Mérito, atribuída pelo governo francês, durante a presidência de François Hollande.

Deixou a sua marca no jornalismo brasileiro.

Viver é Perigoso