Tomou o barco hoje na terrinha, o amigo e quase um irmão, José Alaor Vieira. 50 anos muito próximos desde 1969, quando entramos na nossa Escola de Engenharia. Fisicamente, nem tanto, mas muito de pensamentos, alegrias e muita luta.
Um pensador de esquerda. Não essa esquerda atrapalhada e sem rumo como conhecemos hoje. Carregado de preocupações com os menos favorecidos e fé. Muita fé e a certeza de que o melhor viria depois.
Homem das bromélias e grande conhecedor do Nelson Gonçalves, do qual conhecia as músicas gravadas e as não gravadas.
Para nós amigos, o Alaor da Dona Glorinha. O Alaor da Terezinha e das filhas, meninas bonitas.
Com ele avancei no entendimento sobre a convivência de pessoas com pensamentos díspares na política. Por mais que existisse divergência, jamais nos afastamos, deixamos de nos abraçar, de sorrir e caminhar juntos.
Um homem de fé.
Tenho olhado para os lados e notado sensíveis falhas na coluna constituída de amigos de toda uma vida.
Pois é...
Viver é Perigoso