Deu no jornal "O Sul de Minas" que o representante da Camuri no Codit, que, por sinal, votou favoravelmente a aprovação da já famosa alínea L ( liberação para o aterramento da várzea da Piedade), não é o representante legal do órgão. O próprio presidente da Camuri se manifestou contrário a aprovação.
Impressionante o que vem acontecendo na terrinha.
Mesmo não tendo domínio dos detalhes, o que acontece parece ser o seguinte:
Um grupo de investidores da terrinha, como até os sempre bem informados alunos do Grupo Rafael Magalhães, sabia que, mais cedo ou mais tarde, tentariam construir ao lado da Helibrás, o campo de pouso municipal.
Com possíveis informações de "cocheira" obtiveram a garantia do "agora vai".
Compraram a área de um órgão do Estado a um preço de oportunidade. Logicamente sabiam das dificuldades, em termos ambientais, que enfrentariam para a utilização integral da área.
Também devem ter recebido, também imaginando, um sinal mais ou menos verde da nova administração municipal. Mais ou menos verde, porque não depende tão somente do executivo a aprovação do Plano Diretor. A ditadura ficou na poeira.
Pegou moda, quando do recente "oba-oba" do mercado, a construção de vilas ou condomínios industriais nas margens de campos de pouso. Ficaria tudo mais fácil e poderia se pensar em até na aprovação de um "porto seco", com área alfandegada, etc.
Para as empresas montadoras seria uma maravilha. Como os impostos de importação são pagos na liberação do produto, as empresas aqui localizadas poderiam manter um almoxarifado, sem custos antecipados, ao lado de suas linhas de produção.
Não deixaria de ser interessante (Pouso Alegre tem um mega-projeto nesses termos), se não fosse a várzea da Piedade.
A administração tem forçado a barra, até demais, na aprovação da alínea L. Até entendemos os compromissos e interesses.
Os técnicos ambientalistas, professores, idealistas e uma minoria preocupada com o nosso futuro, têm lutado, não pela proibição do aterro e consequentes edificações, mas simplesmente pela suspensão de decisão sobre o item e providências para um estudo técnico apurado e definitivo.
Faz todo o sentido.
Isso ainda vai botar novamente a moçada nas ruas.
Estaremos ou já estamos lascados.
ER