Os Beatles fazem parte da nossa vida. Sem dúvida, de um jeito ou de outro. Desde sempre, o meu preferido foi o George Harrison. Ringo Star simpático. Lennon, encrenqueiro admirado. Embora reconheça a sua arte, nunca fui muito com o Paul McCartney.
Está aí na Plataforma Star + o documentário "McCartney 3,2,1", onde em seis episódios de 30 minutos, em torno de uma mesa de som, Paul conversa com o produtor Rick Rubin. É o maior vazamento de ego da história do pop.
Lendo e concordando inteiramente com o Jornalista e escritor, Joaquim Ferreira dos Santos, sobre o tema. A sua vaidade (do MacCartney) era maior que a franja.
Atentem só para as observações destacadas pelo jornalista Joaquim:
- Paul diz ter assumido a bateria em “Back in the USSR” por suspeitar que Ringo não conseguiria fazer o ritmo.
- Na gravação de “Taxman”, ele tentou ensinar George Harrison como deveria ser a guitarra, e levou um “então toca você”. Paul é sincero: “Eles me odiavam”. Quem não?
- O único elogio a John Lennon é em “All my loving”, por ele manter durante três minutos o dedilhar repetitivo da guitarra de marcação.
- O trompete piccolo, a cereja orquestral de “Penny Lane”, só está ali porque, na véspera da gravação, Paul viu um na orquestra que executava na TV um “Concerto de Brandemburgo”.
- George Harrison, coitado!, é reverenciado apenas por ter cedido o solo de “While my guitar gently weeps” a Eric Clapton.
- Paul admite que aprendeu com Roy Orbison a dar um grande final para as canções, uma nota de tal jeito forte que não restasse outra coisa ao público se não levantar e aplaudir.
- Aos colegas da banda, nenhum agradecimento. Tudo eu. Olha só essa palheta que usei para realçar a percussão do baixo em “Dear Prudence”.
- É um pote até aqui de mágoa. Diz que Lennon nunca o elogiou, e aproveita o ensejo para a recíproca. Distribui farpas e salda a dívida. “Here, there and everywhere”, compôs enquanto esperava John, mais uma vez dorminhoco, nem aí para o trabalho.
Paul vibra com o próprio talento.
Viver é Perigoso