O Brasil já chegou a importar até mesmo camelos da África na ação contra a seca no Nordeste. No dia 24 de julho de 1859, um barco francês que vinha de Argel desembarcou em Fortaleza 14 camelos e quatro argelinos, contratados para tratar os animais e ensiná-los a trabalhar na região. Responsáveis pela ideia, o barão de Capanema e o poeta Gonçalves Dias tinham sido encarregados por D. Pedro 2º de encontrar soluções para a seca.
A circulação de mercadorias no Nordeste era feita em lombo de burro ou em carros de boi. Com a seca, os animais morriam, e o comércio parava. Mais do que o comércio, a morte dos animais interrompia toda a ligação entre o sertão e o litoral.
Capanema e Dias convenceram o governo imperial a substituir o boi e o cavalo por camelos, animais de carga mais resistentes à fome e à sede.
Mas os camelos não resistiram à seca do Nordeste.
Em 1995, a Imperatriz Leopoldinense apresentou no Sambódromo o samba "Mais vale um jegue que me carregue que um camelo que me derrube lá no Ceará". A Escola de Samba ganhou o apoio do governo do Ceará, que doou R$ 200 mil.
O carro alegórico "Viva o Jegue", com vinte jumentos artificiais, encerrou o , com as atrações, o cantor Fagner e o humorista Renato Aragão, ambos cearenses. Como madrinha da bateria, a modelo Luíza Brunet.
Viver é Perigoso