O presidente Jair, em entrevista ao Claudio Dantas Talks, ontem, quarta-feira (19), se queixou de que as universidades brasileiras estão “muito politizadas” e afirmou que o produto que elas entregam está aquém dos investimentos feitos pelo governo.
Admitiu o Sr. Jair, que em termos de Educação, já está no quinto ministro (Weintraub, Decotelli, Milton Ribeiro, Vélez Rodrigues e Victor Godoy), que não seguiu a lista tríplice para nomeação de reitores (votada e enviada pelas comunidades), por ideologia.
"Nós queremos, sim, potencializar universidades voltadas para isso, em pesquisa, desenvolvimento, voltada para ciências exatas. Essa é nossa intenção e já vem sendo trabalhada. O que nós gostaríamos de fazer no tocante às universidades? Quem manda são os reitores. E, quando chega a lista tríplice para mim os três, por exemplo, são filiados ao PC do B, ou dois do PC do B, ou ao PSOL e outro ao PT. Ou seja, estão muito politizadas“. As universidades têm que estar voltadas para os ‘finalmentes’ que são formar um bom patrão, um bom empregado, um bom liberal. A USP, no ranking agora, é a melhor universidade brasileira —está em 201º entre 250. Nó investimos em universidades e o produto delas não está sendo, no meu entender, o melhor na ponta da linha“.
Registrando, em 1989, foi criada a Andifes - Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, que congrega mais de 60 universidades federais, dois CEFETs e dois IFETs.
O governo Jair, em cerimônia realizada (3/2/2022) no gabinete do ministro da educação Milton Ribeiro (sim, ele mesmo), criou a dissidente Afebras - Associação dos Reitores das Universidades Federais do Brasil, congregando seis (a confirmar) Universidades: Unifei, Ufersa, UFC, Univasp, UFVJM e UFRA.
Blog: Sinceramente ? não é por aí. As Universidades formam homens, cidadãos e condutores do País. Passei 5 anos na Nossa Escola (ainda no prédio central). Entrei em janeiro de 1969, com o famigerado AI-5 recém publicado. De 69 a 1973, os anos mais duros da ditadura. Questões censuradas eram discutidas nas madrugadas. Jovens rebeldes, conscientes e participantes. Período extraordinário que nos formou para a vida. Um pouco mais do que números. Sobrevivemos.
Viver é Perigoso