CONSEGUIMOS CRIAR VENENOS ETERNOS
Pois é na nossa procura insaciável por produtos que satisfaçam nossas necessidades, conseguimos criar venenos chamados de QUÍMICOS ETERNOS.
Químicos eternos possuem uma relação molecular muito resistente. Ela (a molécula ) não se quebra facilmente por ação química ou biológica. Composta principalmente de carbono,flúor, oxigênio e hidrogênio.
Os produtos químicos eternos são encontrados em: embalagens de fast food. Utensílios de cozinha antiaderentes,(as famosas panelas em que a comida não gruda). Maquiagem feminina a prova d'água. Roupas. Adesivos. Espumas de combate a incêndio e muito mais.
Eles são problemáticos porque se acumulam com o tempo na água. No ar. Até na corrente sanguínea humana.
São os chamada PFAS (substâncias perfluoroalquiladas). São uma grande família de milhares de substâncias químicas sintéticas. Amplamente utilizadas em toda a sociedade e encontradas no ambiente. Todas contêm ligações de carbono-flúor. Que como dissemos são uma das ligações químicas mais fortes que conhecemos. Há mais de 9.000 diferentes produtos químicos PFAS. atualmente, fazendo com que esta seja a substância sintética mais fácil de encontrar no mundo.
Aqui no Brasil acho que nem temos legislação sobre os usos desses compostos.
Já nos Estados Unidos a fabricante de produtos químicos 3M - Minnesota Mining and Manufacturing Company pagará pelo menos US$ 10,3 bilhões (R$ 53 bilhões !!!), na cotação atual. Para resolver pendências judiciais relacionadas à contaminação de muitos sistemas públicos de água potável no país pelos PFAS.
Os PFAS têm sido associados a uma variedade de problemas de saúde. Incluindo danos ao fígado. Sistema imunológico. E alguns tipos de câncer. Os compostos têm sido detectados em níveis variados na água potável em todo o país. A poderosa EPA – Agência de Proteção Ambiental - de lá impôs limites rigorosos para o uso futuro dessas substâncias.
Na Ciência Econômica há um digamos “mandamento” de que uma necessidade é uma situação em que uma pessoa e/ou uma comunidade sentem a falta de qualquer coisa (um bem ou um serviço). Aí alguém passa a fabricá-los/disponibilizá-los. Quer dizer em tese que nós mesmos “exigimos” esses produto. Ninguém lança no mercado algo novo em que não veja uma necessidade de consumo. É o lucro que move a economia.
E muitas vezes levamos anos ou décadas para perceber quanto mal eles nos fazem.
Mercado-Lógico
Viver é Perigoso
