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segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

CANTINHO DA SALA

Vasily Kandinsky (1912)
Viver é Perigoso

CONVERSAS DE OCASIÃO


Enquanto isso...

- Nunca houve um ano tão ruim para negócios. Espero que o ano que vem seja um pouquinho melhor.

- Pois eu, minha filha, não tenho nada que me queixar. Luís Maurício passou de ano.

- Olhe, como eu sei que os seus negócios dele não vão bem, falei para o Daniel deixar os brincos de esmeraldas para o ano que vem.

- Se o Dagoberto não estivesse tão apertado,eu ia pedir para ir, com as crianças, passar Natal na Disney.

- O Almeida diz para todos os amigos: - Minha mulher é uma santa. Ela falou que tudo o que eu tivesse de dar de Natal, desse às crianças.

- Minha filha, eu e as crianças estando com saúde, não preciso de mais nada.

- Eu tenho horror a datas... se não fossem as crianças... 

- Gente, eu já avisei a todo mundo, que não quero nada, porque não vou dar nada para ninguém.

- Olha, Margô, diga para o Isaac, que deixa passar esse negócio de Natal e Ano-Bom, que eu vou estudar uma maneira de ir acertando aquele negócio devagarzinho.

Amigas, com a vida pelo preço que está, nós não vamos fazer nada. Mas, se vocês quiserem aparecer lá em casa, com as crianças, só nos dará prazer.

(fonte - Antonio Maria)

Viver é Perigoso 

NO PARAÍSO


Aconteceu na sexta-feira, bem próximo das 18:00 horas. A Avenida Paulista estava ali adiante. A estação do Metro mais próxima leva o nome do bairro: Paraíso.

Um leve aperto de mãos e por encontrar-se abraçada com a neta Ana Clara, coube de minha parte um "Oi Meninas". De imediato a observação feita por ela à lindeza da Ana Clara:

- Atente, que você a menina número 2. Eu continuarei ser a menina 1.

Um olhar firme acompanhando as palavras: Viver é Perigoso.

Circulou lentamente o olhar úmido por todo o quarto. Conferiu a presença dos filhos, do Guilherme e de alguns dos netos e murmurou:

- Acho que já posso ir.  

Mais não foi dito e nem era preciso.

Viver é Perigoso