O ex-primeiro-ministro português José Sócrates foi formalmente acusado de corrupção como parte de uma vasta investigação iniciada em 2014, anunciou nesta quarta-feira (11) a Procuradoria Federal portuguesa.
Suspeita-se que o ex-líder socialista embolsou cerca de 24 milhões de euros em propinas.
Sócrates é acusado de 31 crimes, incluindo corrupção passiva, lavagem de dinheiro, fraude fiscal agravada e falsificação de documentos, informou a Procuradoria em um comunicado que resume as acusações contra o político e outras 18 pessoas e nove empresas.
Sócrates foi chefe do governo socialista entre 2005 e 2011, e os crimes teriam sido cometidos entre 2006 e 2015.
Sócrates e seus cúmplices supostamente esconderam na Suíça uma soma estimada em "mais de 24 milhões de euros" em troca de favores concedidos a várias empresas, inclusive o banco Espirito Santo, que quebrou em 2014.
Tempos atrás, "O Correio da Manhã", de Lisboa, abriu a seguinte manchete: “Justiça procura comissões do Brasil”.
A reportagem diz que o veto de José Sócrates à venda da participação da Portugal Telecom na Vivo à espanhola Telefônica inflacionou o preço em 1 bilhão de euros e “ditou, em troca, a entrada da Portugal Telecom na brasileira Oi”. A suspeita é que tudo foi combinado entre o ex-primeiro-ministro português e Lula, para garantir “comissões” polpudas a políticos e apaniguados dos dois lados do Atlântico. O valor total das comissões é avaliado pelos procuradores da Lava Jato em cerca de 200 milhões de euros.
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