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sábado, 8 de junho de 2024

TOMOU O BARCO



É preciso deixar bem claro que este é um governo de merda, mas é o nosso” 

Maria Conceição Tavares -  Em 2005, quando do primeiro governo do PT

Tomou o barco hoje, Maria da Conceição de Almeida Tavares. Economista, matemática e escritora luso-brasileira. Trabalhou na elaboração do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek e foi professora titular da Universidade Estadual de Campinas e professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nasceu em Anadia - Portugal em 1930.

Após iniciar o curso de Engenharia na Universidade de Lisboa, Maria transferiu-se para Ciências Matemáticas, licenciando-se em 1953. Para fugir da ditadura salarista em Portugal, transferiu-se para o Brasil em fevereiro de 1954, já casada com seu primeiro marido, o engenheiro Pedro José Serra Soares. Em 1957, adotou a cidadania brasileira.

Em novembro de 1974, quando se preparava para embarcar do Galeão para uma reunião em Santiago, foi detida e ficou alguns dias sequestrada pelos órgãos da repressão da Ditadura Militar. Ela foi liberada por intervenção direta do ministros Severo Gomes, da Indústria e Comércio, e Mário Henrique Simonsen, da Fazenda, junto ao Presidente Ernesto Geisel.

Foi filiada ao PMDB(1980/1989) e ao PT (1994/2024)

Viver é Perigoso

Um comentário:

Marco Antonio Gonçalves disse...

Quando celebrou 80 anos, em 2010, Maria da conceição Tavares recebeu em sua festa Dilma Rousseff e José Serra, seus ex-alunos, de campos políticos opostos e que se enfrentariam na eleição presidencial daquele ano. Ambiente civilizado, cordial e de respeito. Um Brasil que não se viu mais depois de 2016. Um Brasil que deixa saudade.

Com a extrema-direita tomando conta da pauta de dicussões e eleitoral a partir da eleição de 2018, respeito e cordialidade entre adversários é cada vez mais raro. Talvez o último respiro tenha sido a eleição municipal paulistana em 2018, quando Boulos e Bruno Covas se enfrentaram civilizadamente. Não espere isso este ano.

Com a ampliação da extrema direita pelo mundo (vide eleição para o parlamento europeu), a civilidade e a cordialidade é algo cada vez mais distante na política e no mundo.