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sábado, 6 de abril de 2024

A MÃE DE TODAS AS REFORMAS

Em boa hora a Associação Comercial de Minas propõe que o debate sobre reforma política no País seja retomado com agilidade e consistência necessárias. 

Desse entendimento – e dessa emergência – nos dá conta o presidente da entidade, José Anchieta da Silva, ao afirmar que “o Congresso Nacional, como está, é composto por uma parte de incapazes e a outra metade de capazes de tudo”. 

Assim, de fato, deve ser percebido o Seminário Permanente da Reforma do Estado, iniciativa da ACMinas e que na semana que termina debateu a reforma política em sentido amplo. De fato, ou pelo menos para a parcela de brasileiros comprometida com a construção de um futuro melhor, este deveria ser o ponto de partida. Ou como já foi dito em outro momento, “a mãe de todas as reformas”.

Nos debates realizados na última terça-feira (2) o tamanho do problema, dos obstáculos a remover, ficou bem caracterizado na exposição do ex-deputado federal Aloisio Vasconcelos.

Depois de lembrar que o País convive hoje com 20 partidos políticos atuantes e destacar que outros 54 pedidos de registro estão colocados em exame, Vasconcelos acrescentou que estas legendas se movimentam em torno de uma figura repugnante, o fundo partidário, com dotações que sobem a R$ 36 bilhões. 

Assim, todos os movimentos são direcionados para o acesso a esses recursos, assunto que se transforma em preocupação maior, em detrimento do interesse coletivo, da população. Não funciona, não tem como funcionar em mínima sintonia com o sentido e obrigações inerentes à representação popular, a essência do sistema democrático.

Valores que parecem esquecidos ou postos de lado, nos falta presentemente “um pouco mais de consciência política, o que conseguiremos apenas através da mobilização social”. Ou justamente da conscientização capaz de fazer entender que a reforma política, que deveria ter sido o desdobramento natural da Constituinte de 1988, não pode e não deve continuar sendo postergada, abrindo assim espaços para distorções que verdadeiramente subjugam nosso País.

Para que o Brasil possa avançar, possa alcançar padrões de gestão pública mais adequados, definitivamente não há como fugir ao elenco de mudanças que so poderão ser bem construídas, sólidas e eficazes se tiverem como ponto de partida ampla reforma política.

Este o entendimento que alimenta e justifica a iniciativa da Associação Comercial de Minas, que se mobiliza com a autoridade de sua mais que centenária existência, mais uma vez dando exemplo e apontando caminhos.

Viver é Perigoso

Um comentário:

Anônimo disse...

anchieta corajoso
tocou na ferida.