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segunda-feira, 10 de junho de 2024

OBSERVADOR DE CENA



O efeito Orlof na política

Plagiando e com o pedido de permissão do Zelador, "para os que estão chegando agora":

Em 1987 para difundir a ideia de que o produto alcoólico não causava ressacas, a vodka Orloff criou o famoso bordão da marca. Com a frase proferida por um consumidor irradiando um notável bem estar: “Eu sou você amanhã”.
O dito ganhou notoriedade sendo aplicado em diferentes áreas humanas, como na economia, principalmente.
Mas o bordão continua atual agora com um exemplo na política, como vamos ver.

O instituto da delação premiada foi consagrado em lei em 2013. Concede benefícios aos réus ou investigados caso colaborem com a Justiça, o MP e até a PF.

Pois muito bem em 2016, na esteira da Lava Jato, um deputado do PT (Partido dos Trabalhadores ressalto, evidentemente de esquerda) apresentou um projeto de lei na Câmara que proibia a delação no caso do colaborador estar com medidas cautelares em andamento, principalmente prisão preventiva. Argumentava o efeito psicológico dela como determinante para a colaboração. Tentava blindar os petistas e outros envolvidos na roubalheira. O projeto de lei foi para as gavetas, não indo em frente por razões óbvias dado o sucesso popular da Lava Jato naquele tempo.

Como comentado pelo zelador aqui no blog (Post Semana Morna), eis que o maior representante do Centrão (ressalto de direita) Artur Lira desengaveta o projeto que passa a ser defendido por correligionários do Jair. Óbvio de extrema direita.

Motivo agora? Como dito livrar o ex das consequências da delação do Ten. Coronel Mauro Cid.

Pauta da esquerda virou pauta da direita. Pauta da blindagem da bandidagem virou pauta da tentativa de absolvição de conspirador.

Confirmado direita x esquerda: “Eu sou você amanhã”.

Coerência na política? O que é isso companheiros? Ou melhor, o que é isso patriotas?

Observador de Cena

Viver é Perigoso

Um comentário:

Anônimo disse...

Não analisando pelo lado político essa questão da delação. Que quase todos os políticos querem acabar com o instituto por questões de se protegerem, os amigos, correligionários e mitos, uma questão está passando ao largo da discussão. E as delações dos bandidos do crime organizado? Também não poderiam acontecer!!!!. A mais notória do meliante,marginal, facínora Roni Lessa não seria possível com a aprovação dessa proposta, um assassino confesso. É isso mesmo que queremos? Se for, ponha lascados nisso Sr. moderador. Se passar essa excrescência só me resta seguir o conselho do Manuel Bandeira, "vou-me embora pra pasárgada".
Causídico Jurássico