Translate

sexta-feira, 17 de maio de 2024

OBSERVADOR DE CENA

 


A constatação continuada

Thaiane Moreira de Oliveira pesquisadora dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia da UFF Universidade Federal Fluminense mestre e doutora em comunicação diz sobre a tragédia no Rio Grande: “[Nesta tragédia] a desinformação diz respeito sobretudo a discussões políticas, acusações contra o governo federal, contra o governo estadual.

Principalmente, e aí eu acho que é um ponto extremamente preocupante, a questão da contestação da eficácia e da atuação das instituições. A gente tem visto o quanto as instituições, que têm sido muito atuantes, estão sendo descredibilizadas nesse processo”.

De acordo com a pesquisadora, "as redes sociais permitiram que qualquer pessoa se tornasse uma AUTORIDADE (grifo meu) em qualquer assunto e opiniões baseadas apenas no achismo passassem a ser valorizadas pelo público. Antes das redes sociais, a gente tinha alguns atores que eram legitimados para apresentar uma informação que fosse considerada de credibilidade. Eram jornalistas, comunicadores públicos, divulgadores científicos, agentes públicos. 

Com as mídias sociais e a reconfiguração da forma como nos comunicamos, hoje em dia, emitir uma opinião é motivo de autoridade. Qualquer um que tenha uma certa visibilidade nas redes sociais ganha uma certa autoridade, emitindo sua opinião apenas baseado nas suas experiências pessoais e no achismo”.

Para muitos o celular e as redes viraram órgãos de imprensa. Sem lei de imprensa, sem patrões, sem redatores e revisores, sem códigos de ética, sem manual da redação, o pior sem compromisso com a verdade e sem CNPJ. No final sem responsabilidade nenhuma. Assim não podem continuar.

Não é diferente aqui na terrinha, conheço um monte de tiozões e tiazonas do Zap que não querem saber de nada disso. Só o que dizem os que estão na sua bolha, aqueles que confirmam e contribuem para as muitas bobeadas que pensam, leem e replicam.

Observador de Cena

Viver é Perigoso

2 comentários:

Anônimo disse...

Zelador!!!

Só mudou a forma. O que eu julgo grave, com o advento da internet, é a velocidade que a (des)informação circula.
Que não se lembra, na terrinha, nas eleições passadas, das cartas anônimas que forravam a cidade, na calada do noite, nas vésperas das eleições?
Todos sabemos dos estragos que faziam, quem eram os autores (sempre os mesmos) e nunca foram punidos.
Fizeram escola, agora, invés do papel, seus descendentes políticos usam o teclado do celular.
E a vida continua.

Anônimo disse...

lembro de uma dessas cartas
estampavam figuras (rostos)
de quem eram os "amigos do povo".
e no verso quem eram os "inimigos"
do povo. gente de carro passava jogando
nas ruas de madrugada.
ninguém foi punido.
assim como no caso do grampo
quando só gente miúda foi pega.