Cuidado com a comparação de um evento com o Baile da Ilha Fiscal. Na certa sugerem que será o último. Você pode ter estado em um.
Para os que estão chegando agora, o Baile da Ilha Fiscal, também conhecido como O Último Baile do Império, ocorreu no dia 9 de novembro de 1889, um sábado, em homenagem aos oficiais do navio chileno "Almirante Cochrane". Diziam as más línguas que na verdade a intenção era a de celebrar as bodas de prata da Princesa Isabel com seu marido, o Conde d´Eu e mostrar a força da monarquia, numa época fortemente pressionada pelos republicanos.
Realizado na ilha fiscal, no centro histórico do Rio de Janeiro, então capital do Império. Foi a última grande festa da monarquia antes da Proclamação da República Brasileira, em 15 de novembro, uma sexta-feira, seis dias após o baile.
Sobre o baile, com mais de 2 mil convidados, registra-se: foi encomendada uma grande quantidade de comida e bebida. Foram 188 caixas de vinho, 80 caixas de champanhe e 10 mil litros de cerveja, além de licores e destilados.
Para alimentar todos, foram necessários 48 cozinheiros e 150 copeiros que, entre outras funções, serviam os convidados com os mais diferentes tipos de comida. O cardápio tinha peças inteiras de caça e pesca (dos quais 800 quilos de camarão) e uma infinidade de aves exóticas.
Entre as sobremesas, o sorvete, novidade da época.
Conta a lenda que D. Pedro II chegou a tropeçar em um tapete do salão logo no início da festividade. Surpreendido, teria comentado: "O monarca tropeçou, mas a monarquia não caiu"
Cairia uma semana depois.
Outro comentário, do qual não se pode ter confirmação, é sobre o número de adereços encontrados pelo pessoal da limpeza ao final da festa: 37 lenços, 24 cartolas e chapéus, 8 raminhos de corpete, 3 coletes de senhoras e 17 cintas-ligas.
Viver é Perigoso
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