Não são muitos os felizardos que, passando dos 75 anos de idade ainda têm uma Tia ou Tio para tomar benção.
Até hoje nós da terceira geração dos Rieras no Brasil, e da Boa Vista, ainda tínhamos.
Com a classe, o jeitinho doce, o olhar sempre solidário, tomou o barco hoje a Tia Guiomar.
Tia Guiomar do Tio Oswaldo, do Osmar, da Odinea, da Odilene, dos netos e bisnetos.
Como dizem na Boa Vista, o tempo "vua". No ínício dos anos 50, com a carroceria lotada de sobrinhos, fomos até Delfim Moreira, com o Tio Oswaldo dirigindo, conhecer sua, então namorada, Guiomar. Era um domingo e na volta, todos protegidos da chuva forte. por uma lona verde "locomotiva".
Com o Tio Oswaldo já apaixonado, também ficamos todos.
Um pouco mais adiante, nos reunimos, quando do casamento, na Igreja São José, com direito a recepção com bolo, doces e salgadinhos. Para a criançada, guaraná Rádio com furinho feito com prego na tampinha de metal.
Brava mesmo, só vi a Tia Guiomar em 1957. Até a braveza foi doce.
Vá com Deus, Tia Guiomar amada.
Viver é Perigoso
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