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terça-feira, 16 de maio de 2023

BRAZIL...ZIL...ZIL...


Os dados do Pirls (sigla em inglês para Progress in International Reading Literacy Study) foram divulgados nesta terça-feira (16). Avaliação internacional de alfabetização aplicada em 2021 a estudantes de 65 países e regiões.

Foi a primeira vez que o Brasil participou da avaliação, realizada pela IEA (International Association for the Evaluation of Educational Achievement), uma cooperativa de instituições de pesquisa, órgãos governamentais e especialistas dedicada à realização de estudos e pesquisas educacionais.

A inclusão do Brasil no Pirls foi uma iniciativa do governo do ex-presidente Jair.
 
No Brasil, uma amostra de 4.941 estudantes do 4º do ano do ensino fundamental fizeram a prova. O 4º ano de escolarização foi escolhido pela IEA por corresponder a uma fase em que os estudantes geralmente já consolidaram seu aprendizado em leitura e, assim, transitam do "aprender a ler" para o "ler para aprender".

O Brasil ficou à frente de apenas quatro países. Os alunos brasileiros obtiveram uma média de 419 pontos. Esse desempenho fica acima apenas de Jordânia, Egito, Marrocos e África do Sul, este último com uma média de 288 pontos. Nenhum outro país da América Latina participou da avaliação.

Os melhores desempenhos foram aferidos em Singapura (587), Irlanda (577) e Hong Kong (573).

Quase 4 em cada 10 estudantes brasileiros não dominavam as habilidades mais básicas de leitura —não sabiam, por exemplo, recuperar e reproduzir um pedaço de informação explicitamente declarada no texto.

Os dados mostram que apenas 13% dos estudantes brasileiros podiam ser considerados proficientes em compreensão leitora, o que os colocaria em nível alto ou avançado de proficiência. Na Espanha e em Portugal, por exemplo, esse percentual atinge a marca de 36% e 35%, respectivamente.

O Pirls reforça o cenário de desigualdade no sistema educacional brasileiro. A diferença no desempenho médio entre os estudantes com alto nível socioeconômico e baixo nível socioeconômico no país foi de 156 pontos. No nível internacional, essa diferença é de 86 pontos entre os dois grupos.

A amostra de estudantes brasileiros participantes foi colhida em 187 escolas públicas e privadas do 4º ano (trata-se, predominantemente, de alunos de 9 anos de idade). O Pirls avaliou, no total, mais de 400 mil estudantes em cerca de 13 mil escolas, de 57 países e 8 participantes considerados padrões de referência.

(extraído da Folha-Uol)

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