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quinta-feira, 19 de maio de 2022

POR QUE NÃO ?


Antes das urnas eletrônicas, era possível escrever o nome do candidato nas cédulas eleitorais brasileiras. A galera aproveitava para fazer protestos criativos. Um dos mais famosos foi em 1959, quando um jornalista lançou a candidatura de Cacareco a vereador em São Paulo. E ele teve 100 mil votos. Detalhe: Cacareco era um rinoceronte do zoológico municipal.

Cacareco teve um “sucessor” 29 anos depois. Em 1988, o jornal de humor Casseta Popular (de onde surgiram alguns integrantes do Casseta & Planeta) sugeriu o chimpanzé Tião à prefeitura do Rio de Janeiro, pelo “Partido Bananista Brasileiro”. O povo adorou: ele foi o terceiro candidato mais votado e até entrou para o Guinnes.

Um dos exemplos mais famosos vem da Roma antiga: o cavalo Incitatus, para quem o imperador Calígula teria conseguido uma vaguinha como senador.O quadrúpede levou uma vida de nobre: tinha estábulo de mármore, 18 criados pessoais e até joias. 

20 anos no poder é praticamente uma ditadura. Mas ninguém reclamou na cidadezinha de Talkeetna, no Alasca (EUA) - afinal, o “tirano” era um gatinho chamado Stubbs. Em 1997, os moradores decidiram escrever o nome dele na cédula, em protesto contra a qualidade dos candidatos. Ele foi “reeleito” até morrer em 2017.

Um grupo de sátira política na Nova Zelândia, o “Partido Sério McGillicuddy”, já lutou por causas importantíssimas, como o direito de voto às árvores. Em um de seus golpes mais radicais, lançaram um ouriço para uma vaga no Parlamento do país. Conseguiram até inscrever a ouriço, mas ela não foi eleita.

Em 1938, a população de Milton, nos EUA, selecionou (unanimemente!) o republicano Boston Curtis para um cargo público. Imagine a surpresa de todos ao descobrir que ele era… uma mula. O prefeito havia inscrito o bicho (que “assinou” a papelada com um carimbo de sua pata) para provar que nem sempre eleitores sabem quem estão apoiando.

Para arrecadar fundos, uma igreja em Rabbit Hash, no interior dos EUA, aproveitou as eleições municipais de 1998 para “vender” votos. Quem doasse US$ 1 ganhava uma cédula a favor do cachorrinho Goofy. Em teoria, ele venceu a disputa, com 8 mil eleitores! Desde então, a cidade já teve mais dois prefeitos caninos.

“Hank é um candidato inovador, cheio de energia, inspirador e pé no chão.” Parece o político dos sonhos. Com a diferença de que Hank é um gato! Ele tentou uma vaga no Senado dos EUA em 2012, representando o estado de Virgínia. E tinha até site oficial, com promessas de campanha e fotos de divulgação: hankforsenate.com

Um caso histórico rolou em 1968, nos EUA, quando membros do “Partido Internacional da Juventude” invadiram a Convenção Nacional Democrática exigindo a candidatura do porco Pigasus para presidente. Eles queriam até uma equipe do serviço secreto protegendo o bicho 24 horas por dia! Os farristas foram presos, mas inocentados em um julgamento meses depois.

Marselha, na França, quase teve um prefeito de quatro patas em 2001. Saucisse (“Salsicha”, em francês), um cão da raça daschund, foi inscrito pelo dono, Serge Scotto, e recebeu 4% dos votos! Não foi o suficiente, mas o bichinho era tão carismático que acabou virando celebridade. Até apareceu num reality show à la Big Brother.

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