Translate

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

VENTOS DE GUERRA


Muitos dos que, mais recentemente, estão se interessando pela política não podem nem ouvir a palavra "Sindicato". 

Esquecem que existem os sindicatos patronais. Meu primeiro emprego como engenheiro foi num importante sindicato. SINAEES - Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo. Muito Orgulho e onde consegui muitos amigos.

O Sindicato em questão, funcionava junto com a ABINEE- Associação Brasileira da Industria Elétrica e Eletrônica.

O endereço sempre foi o mesmo da famosa Fiesp. No Viaduto Dona Paulina e depois na Avenida Paulista. A Fiesp é a mais forte entidade empresarial do País, reunindo 131 sindicatos filiados, que representam por volta de 150 mil empresas do Estado de São Paulo.

Atuei como diretor do Sindicato das Indústrias Eletrônicas de Manaus e fui um  dos fundadores do Sindicato eletromecânico de Itajubá (fui o primeiro diretor tesoureiro).

Tudo isso como introdução para algo inédito que está acontecendo na Fiesp. Tentativa de golpe, com a realização de uma Assembleia na próxima semana visando o afastamento do atual presidente Josué Gomes (filho do ex-vice presidente José de Alencar).

O estranho movimento, com fortes conotações políticas, vem sendo coordenado pelo jairzista, e também ex-presidente da entidade( por 18 anos), Paulo Skaf.

O movimento é um desdobramento de uma disputa que começou durante as eleições presidenciais. Pouco antes das eleições, a Fiesp foi signatária da Carta a Favor da Democracia. O apoio foi visto como um aceno da entidade ao então candidato Lula.

Duvido que consigam tirar o Josué.

Em tempo, convivi com sindicatos patronais e claro, com sindicatos de funcionários. Negociações, muitas vezes, entre trancos e barrancos. Mas sempre mantendo o respeito e a cordialidade.

Esse meio fez parte da minha formação. Para o bem, ou não.

Viver é Perigoso 

Nenhum comentário: