Ao longo dos últimos 60 anos, não me lembro de estar distante de um livro. Sempre lendo ou relendo. Muitos recebidos como presentes, outros emprestados por amigos e professores, uns tantos lidos em bibliotecas. Se tornaram meus companheiros em viagens de ônibus, em aviões, metrôs, nos intervalos do trabalho, em salas de espera e até mesmo num cantinho da sala ou na cama antes de dormir.
Após ler o maravilhoso "O infinito em um junco: a invenção dos livros no mundo antigo" - 496 páginas da espanhola Irene Vallejo, pela Editora Intrínseca, posso dizer que conheço um pouco mais sobre esses amigos inseparáveis.
"O Infinito em um Junco" conta a história dos livros desde sua criação, milênios atrás, passando por todos os modelos e formatos que testamos ao longo da jornada humana. Uma fabulosa aventura coletiva protagonizada por milhares de pessoas que tornaram o livro possível e o protegeram
Mais do que um ensaio sobre a história do livro, é um tributo ao livre-pensamento e à viagem das ideias, que há milênios reafirmam, sejam marcadas em páginas de juncos, couros, panos, de livros impressos ou, mais recentemente, nos livros digitais, que não estamos dispostos a perder passos na travessia de nossa civilização neste planeta.
Eleito pelo The New York Times, um dos melhores livros do ano.
Maravilha.
Viver é Perigoso
Um comentário:
E pensar que foram proibidos de ser publicados no Brasil até 1808. Motivo de nossa maldição.
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