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sexta-feira, 17 de março de 2023

CRIMES DE GUERRA


Ontem (16) completaram-se 55 anos do Massacre de My Lai, provocado por soldados americanos no Vietnã.

Na manhã do dia 16 de março de 1968, às 7h30 horas, cerca de 100 soldados da companhia Charlie, liderados pelo capitão Ernest Medina, após uma pequena barragem de artilharia, aterrissaram em helicópteros nas proximidades da aldeia de My Lai, cercada de arrozais. As ordens eram para matar tudu que se mexesse.

Cerca de 504 civis sul-vietnamitas, sendo 182 mulheres (17 grávidas) e 173 crianças foram executadas por soldados americanos, no maior massacre cometido durante a Guerra do Vietnã.

Em março de 1970, 25 soldados foram indiciados pelo exército dos Estados Unidos por crime de guerra e ocultação de fatos e provas no caso de My Lai. Apenas o tenente William Calley, comandante do pelotão responsável pelas mortes foi indiciado e julgado.

Condenado à prisão perpétua, Calley foi perdoado dois dias depois da divulgação da sentença pelo presidente Nixon, cumprindo uma pena alternativa de três anos e meio em prisão domiciliar na base militar de Fort Benning, na Georgia.

No episódio, o único americano ferido foi um soldado que deu um tiro no pé para não ser obrigado a participar do show de horror que se descortinava à sua frente.

Hugh Thompson, piloto de um helicóptero que dava cobertura à operação, pousou na frente de um dos pelotões pedindo para que parassem de atirar. O piloto foi considerado um traidor durante anos, recebendo até ameaças de morte. O reconhecimento pelo ato de heroísmo só aconteceu quando seu nome entrou para o Hall da Fama da Aeronáutica norte-americana.

Viver é Perigoso

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