Alexandre Ribeiro Marcondes Machado, nascido em Pindamonhangaba em 1892. Engenheiro, escritor , poeta, fez fama por criar obras literárias numa linguagem falada pela expressiva colônia italiana de São Paulo, na primeira metade do século XX.
Ficou conhecido nacionalmente como Juó Bananère.
Durante a infância morou em Araraquara e Campinas. Trabalhou pouco como engenheiro. Como jornalista, passa a escrever artigos para o jornal O Estado de São Paulo e, em outubro de 1911, começa a assinar uma coluna na revista semanal O Pirralho, um periódico literário, político e de humor.
Com sua irreverência, incomodou diversas figuras proeminentes da política e do governo de sua época. Tomou o barco em São Paulo em 1933.
Adoniram Barbosa (Trem das Onze, Saudosa Maloca) seguiu quase o mesmo jeito de falar do italiano da Mooca.
Aqui um poema inconfundível de Juó Bananère
Ficas n'un ganto da sala
P'ra fingi chi non mi vê,
E io no ôtro ganto
Stô fingino tambê.
Ma vucê di veiz in veiz
Mi dá una brutta spiada,
E io tambê ti spio
Ma finjo chi non vi nada.
Cunversas co Bascualino
P'ra mi afazê a gelosia,
Ma io p'ra mi vingá
Cunverso tambê c'oa Maria.
Tu spia intó p'ra Maria
Con ar di querê dá n'ella;
P'ra evitá quarquére asnêra
Si afasto i vô p'ra gianella.
O firmamento stá scuro
I na rua os surdato apita,
Inguanto nu ganto da sala
Tu fica afazéno "fita".
Marietta non segia troxa,
Non faccia fita p'ra gente,
Perchê vucê quêra ô non quêra
Io ti quero internamente.
Viver é Perigoso
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