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quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

LEI MERCADANTE


A Câmara dos Deputados aprovou na noite ontem (13) um projeto que muda a Lei das Estatais para reduzir para 30 dias a quarentena de indicados a ocupar cargos de presidente e diretor das empresas públicas.

Hoje, a lei veda a indicação para o conselho de administração e para os cargos de diretor, inclusive presidente, diretor-geral e diretor-presidente, de pessoas que tenham atuado, nos últimos 36 meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral.

Ou seja, caso a lei seja sancionada, Mercadante ficará liberado para ocupar a presidência do BNDES.

Como recordar é viver, segue post do "Viver é Perigoso" de 23/5/2015

É A VIDA...

Seguem-se 14 obras no exterior financiadas pelo BNDES.

- Porto de Mariel (Cuba)
Valor da obra: US$ 957 milhões (US$ 682 milhões por parte do BNDES) / Empresa responsável: Odebrecht

- Hidrelétrica de San Francisco (Equador)
Valor da obra: US$ 243 milhões / Empresa responsável: Odebrecht

- Hidrelétrica Manduriacu (Equador)
Valor da obra: US$ 124,8 milhões (US$ 90 milhões por parte do BNDES) / Empresa responsável: Odebrecht

- Hidroelétrica de Chaglla (Peru)
Valor da obra: US$ 1,2 bilhões (US$ 320 milhões por parte do BNDES) / Empresa responsável: Odebrecht

- Metrô Cidade do Panamá (Panamá)
Valor da obra: US$ 1 bilhão / Empresa responsável: Odebrecht

- Autopista Madden-Colón (Panamá)
Valor da obra: US$ 152,8 milhões / Empresa responsável: Odebrecht

- Aqueduto de Chaco (Argentina)
Valor da obra: US$ 180 milhões do BNDES / Empresa responsável: OAS

- Soterramento do Ferrocarril Sarmiento (Argentina)
Valor: US$ 1,5 bilhões do BNDES / Empresa responsável: Odebrecht

Linhas 3 e 4 do Metrô de Caracas (Venezuela)
Valor da obra: US$ 732 milhões / Empresa responsável: Odebrecht

- Segunda ponte sobre o rio Orinoco (Venezuela)
Valor da obra: US$ 1,2 bilhões (US$ 300 milhões por parte do BNDES) / Empresa responsável: Odebrecht

- Barragem de Moamba Major (Moçambique)
Valor da obra: US$ 460 milhões (US$ 350 milhões por parte do BNDES) / Empresa responsável: Andrade Gutierrez

- Aeroporto de Nacala (Moçambique)
Valor da obra: US$ 200 milhões ($125 milhões por parte do BNDES) / Empresa responsável: Odebrecht

- BRT da capital Maputo (Moçambique)
Valor da obra: US$ 220 milhões (US$ 180 milhões por parte do BNDES) / Empresa responsável: Odebrecht

- Hidrelétrica de Tumarín (Nicarágua)
Valor da obra: US$ 1,1 bilhão (US$ 343 milhões) / Empresa responsável: Queiroz Galvão

(Branca Nunes)

Viver é Perigoso

6 comentários:

Anônimo disse...

Percepção geral de que se trata de um desastre total para o novo governo a aprovação dessa lei. Não por acaso as ações da Petrobras caíram quase 10% só hoje. PT e Lula caíram na esparrela do centrão que queria também a modificação para facilitar as nomeações políticas para cargos de estatais federais, estaduais e municipais mas o caso Mercadante vai jogar a culpa em cima dos petistas o que seria um "bem feito" por insistir em um nome para O BNDES com problemas. O que se teme com a aprovação é que voltemos a abrir as portas para o que já aconteceu nos governos petistas principalmente na Petrobras:indicações políticas. Por falar na petroleira também aumentaram de 0,4% para 2% do faturamento as verbas para publicidade. Algo pulando de 400 milhões para 2 bilhões. Cabe perguntar, uma empresa quase monopolista precisa desse valor para publicidade?

Edson Riera disse...

Camarada,

Isso pode ser o começo do fim daquilo que nem começou. O PT nào conseguiu renovar os seus quadros, começando pelo Lula. Traz de volta a tona figuras carimbadas . Não duvido nomearam o Suplicy para um projeto de renda mínima, sob o fundo musical do Bob Dylan.
Zelador

Anônimo disse...

lula está tudo senhor de si.
arrogância extremada
não ajuda em nada a esperada
pacificação.
calçar as sandálias da humildade
seria um bom passo.
duvido que aconteça

Anônimo disse...

Uma correção: BNDES não empresta para os países. Empresta para empresas brasileiras que contratam e compram produtos no Brasil. Estas empresas pagam o BNDES com juros e correção.
O Bozzo / Guedes abriram a "caixa preta" e não encontraram nada! Só lucro para o BNDES.
Tanto é que nunca mais falaram do assunto.
Nota: Trabalhei durante um mês no Peru e encontrei vários colegas engenheiros brasileiros de empresas brasileiras prestando serviço lá e gerando renda aqui em nosso país.
Após a Lava-Jato as obras foram para a mão dos chineses, e agora, gera emprego e renda lá na China.
Mas o Moro continua recebendo a grana da Alvarez-Marsal

Celem disse...

Oi Zezinho, épocas de idas e vindas de nomes de ministeriáveis, sobe e desce de apostas, pressões de todos os lados me veio a lembrança uma história do saudoso Tancredo Neves. Eleito indiretamente presidente pelo colégio eleitoral em 1985 derrotando Paulo Maluf (480 a 180), começou a ser assediado pelos políticos para as futuras nomeações. Contam que se estabeleceu o seguinte diálogo com um correligionário daqui das Minas Gerais:
- Presidente vou ser nomeado ministro?
- Não não vai.
- Mas Presidente eu já disse pra todo mundo que o Sr. me convidou.
Velha raposa vendo a pressão implícita Tancredo respondeu.
- Faz o seguinte diga que eu convidei mas que você não aceitou.
Bons tempos. Abs. Celem

Anônimo disse...

Até aí nada de novo. O país teve que escolher entre um ladrão que teve as sentenças anuladas, por incompetência de Sérgio Moro, e, por isso, contra ele não há nenhum óbice legal e um lunático com tendências milicianas, cujos adversários irão se encarregar de comprovar eventuais crimes quando ele sair do poder. Venceu o primeiro. Mudar a lei para acomodar correligionários é só o começo. E a história nos mostra que os correligionários de Lula tendem a virar cúmplices. O crime compensa.