Jô Soares conta no seu livro "O Livro do Jô", escrito com o Mathias Suzuki Jr, um episódio interessante e bem atual.
Ele estava, no dia 31 de julho de 1992, passeando de moto pela estrada velha de Teresópolis, quando lembrou que o General Geisel tinha uma casa na região e decidiu procurá-la. Encontrou, mas não conseguiu falar com o ex-presidente. Deixou o seu telefone e no mesmo dia, Geisel telefonou-lhe convidando-o para uma conversa no dia seguinte.
Jô voltou e, nas suas palavras, foi calorosamente recebido pelo General e pela sua filha Amália Lúcia.
Entre uma conversa e outra, Jô convidou Geisel para uma entrevista. De forma gentil, porém firme, ele recusou, mas disse uma frase: "Eu tenho que sofrer calado".
Geisel, na oportunidade, fez uma revelação importantíssima.
- No segundo turno da eleição de 1989, estava firmemente inclinado a votar no Lula, chegou a comentar com amigos, mas disse que na última hora lhe faltou coragem, mas arrependia amargamente de ter votado no Collor, um mentiroso.
Geisel fez outra revelação importante: nas eleições de 1960 votou no civil Jânio Quadros, em vez de votar no marechal Lott.
Viver é Perigoso
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