Lembram-se dos grandes circos que visitavam a cidade ?
É possível que muitos daqueles espectadores recordem uma sintonia estreitamente unida a esse mundo; no entanto seu autor, o checo Julius Fučík, não a concebeu pensando nesse tipo de circo senão em outro muito diferente: o anfiteatro romano. De fato, seu título é "Vjezd gladiátorů", que significa "Entrada dos gladiadores", intitulado com base em uma passagem de Quo vadis.
Mas na lembrança fica a "Entrada dos gladiadores" como sintonia geral circense, especialmente como prelúdio do aparecimento dos palhaços. Irônico não?
Julius Ernst Wilhelm Fučík nasceu em Praga em 1872. Sua vocação musical foi precoce e já menino dominava vários instrumentos, além de aprender a compor com o célebre Antonín Dvořák.
Logicamente, prestou seu serviço militar na banda de música do regimento em que serviu e depois começou sua vida profissional como segundo fagot no Teatro Alemão de sua cidade natal, não demorando em se converter em diretor da orquestra praguense. Para então já alternava a interpretação com a composição.
Em 1897 se juntou de novo ao exército, no 86º Regimento de Infantaria de Sarajevo, passando por vários destinos ao longo dos anos seguintes. Neles dirigia orquestras em concertos públicos -às vezes com assistências em massa que rondavam os dez mil espectadores- mas também desenvolveu um considerável trabalho de composições.
Em 1913, depois de se casar, se estabeleceu em Berlim onde fundou sua própria orquestra -a Prager Tonkünstler-Orchester- e uma companhia de produção musical que, com a chegada da Primeira Guerra Mundial, avariaram.
Tomou o barco em 1916 com só quarenta e quatro anos de idade.
A "Entrada dos gladiadores" se tornou praticamente um hino dos circos.
(extraído Mdig)
Viver é Perigoso
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