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domingo, 5 de abril de 2020

THE END OF OCTOBER

Os clássicos nos trazem diferentes eventualidades. 

Em A Peste,  Alberto Camus conta que, em situações desesperadoras, surge o pior da sociedade: o egoísmo, a irracionalidade, o medo. 
A Morte em Veneza, de Thomas Mann, mostra o perigo de resistir a seguir as indicações para evitar o contágio. 
Em Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago desmascara “uma sociedade podre e desfigurada”. 
Mais recente é Guerra Mundial Z, infestada por zumbis.

No mercado americano, a partir do dia 28 de abril, o livro " The End of October - do escritor premiado, Lawrence Wright (já a venda na Amazon por US$ 25,16). Conta o périplo de um epidemiologista da OMS na luta para encontrar uma cura para um vírus mortal antes que acabe com a civilização. 

The End of October começa com o relato da morte “surpreendente’” de 47 jovens internos de um campo de refugiados para homossexuais localizado no oeste da Ilha de Java, na Indonésia. Logo o vírus se espalha e força a cidade de Meca, abarrotada de 3 milhões de fiéis, a ficar em quarentena.

A doença que Lawrence Wright imagina é semelhante à gripe, assim como o coronavírus. E muitos pacientes sofrem pneumonias virulentas, como na triste realidade.

No livro, as vítimas não são os idosos, como acontece com o coronavírus, mas as pessoas mais saudáveis, como aconteceu durante a gripe de 1918. “Seu sistema imunológico era tão robusto que sobrecarregava o corpo e acabavam se afogando em seus próprios fluidos”.

No romance são narrados momentos de ocultação de informações para não provocar o pânico dos cidadãos, o protagonista incentiva sua mulher a comprar comida suficiente para dois meses e se ouvem frases que são dolorosamente reais: “Toda vez que tentamos confinar o vírus fazendo quarentenas, ele sempre encontra uma maneira de escapar”.

Wright especula sobre os problemas sócio-políticos que podem surgir por culpar outros países pela pandemia. Alguns senadores norte-americanos afirmam que o coronavírus é uma criação da China, observa. “Quando não temos evidências de que alguém, exceto a natureza, o tenha manipulado, é terrivelmente perigoso procurar culpados.” 

(Dados - El País) 

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