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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

LÍDER CONSCIENTE - O QUE TEMOS

Hoje em dia proliferam os políticos, governantes, dirigentes, estadistas, burocratas, diretores, executivos e gestores centrados em seus próprios interesses, mas são raros os verdadeiros líderes a serviço do bem comum. No âmbito das empresas, por exemplo, a maioria dos funcionários se queixa da relação desumanizada que mantêm com seus superiores. Por mais que os tempos estejam mudando, continua-se falando com muita frequência de chefes autoritários, que, embora diferentes, compartilham algumas características comuns:

Acreditam na hierarquia. Continuam pensando em termos de superiores e inferiores. Tratam as pessoas em função de seu cargo profissional. Tendem a mostrar o melhor de si aos de cima e sua pior versão aos que consideram debaixo.

Estão focados em sua carreira profissional. Para eles, pouco importa o impacto que seu trabalho tem sobre a sociedade. De fato, muitos mudam de empresa por motivos econômicos. Seu objetivo é crescer no escalão empresarial, ostentando cargos de maior reconhecimento, prestígio e remuneração.

Dão ordens. Acreditam que sua principal função consiste em dizer aos membros de sua equipe o que têm de fazer, abusando de seu poder. Em geral, não escutam as ideias de sua equipe nem levam em conta outros pontos de vista que não sejam os seus.

Punem os erros. Devido à pressão a que estão submetidos para obter resultados a curto prazo, não toleram as falhas de seus colaboradores. Às vezes dão broncas quando as coisas não saem como esperavam, criando um ambiente trabalhista baseado no medo da punição.

Usam máscara. Baseiam sua identidade no cargo que ocupam. Estão tão obcecados com a produtividade que não levam em conta a dimensão humana de seus colaboradores. Não costumam falar do que sentem nem permitem que outros o façam.

Ficam com todo o mérito. Competem com os membros de sua equipe e não suportam que alguém se destaque mais que eles. Culpam os outros quando os resultados são medíocres e ficam com todos os méritos quando se consegue algum sucesso coletivo.

São desconfiados e controladores.Dedicam muito tempo a fiscalizar e corrigir o trabalho realizado por seus funcionários. Não contemplam a opção de que as pessoas empreguem novas tecnologias para trabalhar de qualquer lugar, impedindo-as de gozar de autonomia e liberdade. São a principal causa da desmotivação de suas equipes.

Borja Vilaseca - El País

Viver é Perigoso


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