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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

MERCADO LÓGICO



Os créditos de Carbono

Outro dia falamos o que é Crédito de Carbono. Hoje vamos falar sobre o Mercado desse ativo.

O crédito de carbono funciona como um mecanismo de transferência de recursos que visa promover ações para enfrentar o aquecimento global. E atingir as metas de reduções de emissões. Como já mencionado, um crédito de carbono equivale a uma tonelada de dióxido de carbono.

O valor de cada crédito depende do mercado no qual ele é negociado: regulado ou voluntário.

Regulados: os governos (seja nacional, regional ou estadual) determinam metas ou limites de emissões para as empresas emissoras que devem ser cumpridos por lei. Aquelas que conseguem emitir menos que o teto estabelecido podem vender seus créditos de carbono às que excederem o limite. Nesse caso, o preço do crédito é definido pela instância reguladora.

Voluntário: o valor do crédito é negociado em contrato com base nas características do projeto. Nesse mercado, as empresas não possuem obrigações legais de reduzir emissões, mas aquelas que querem compensá-las. Por causa de suas próprias metas. E para atender a demanda do mercado consumidor por empresas comprometidas com o meio ambiente. Podem comprar créditos de carbono. 

Nos dois casos os créditos, são gerados a partir de diferentes tipos de projetos. Energia renovável (solar, eólica e hidráulica). Gestão de resíduos sólidos (principalmente lixo urbano). Reflorestamento. Redução do desmatamento. Os mercados de carbono estão em forte expansão. A estimativa é que saltem de US$ 1 bilhão agora para um valor de pelo menos US$ 50 bilhões na próxima década.

No mercado voluntário atuam:

Desenvolvedores dos projetos: são empresas, organizações ou associações que elaboram os projetos. Geralmente consultorias ambientais. Nem sempre essas empresas ou organizações são as mesmas responsáveis pela implementação do projeto. Financiadores de um projeto podem ser diferentes. Não necessariamente são os proprietários das áreas onde os projetos serão realizados. As áreas podem ser públicas ou privadas.

Certificadoras: são organizações sem fins lucrativos responsáveis pelos chamados programas de registro ou padrões internacionais. Que estabelecem critérios e metodologias para registrar projetos. Determinando quantos créditos de carbono são gerados por eles.

Compradores: empresas com metas de redução de emissão, como a maioria das multinacionais. Essas empresas podem comprar os créditos diretamente de um projeto ou por meio de uma corretora especializada.

Em 2021, quase 74% das emissões de gases de efeito estufa do país foram relacionadas ao uso do solo: 49% provenientes do desmatamento e 25% da agropecuária. Os projetos REDD+ (Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal) são os mais comuns no Brasil, por causa das vastas áreas de florestas nativas no território ameaçadas pelo desmatamento.

No esforço global contra a crise climática, a vantagem da conservação florestal é dupla: florestas em pé não só deixam de ser emissoras dos gases do efeito estufa. Como são sequestradoras do gás carbônico já emitido (as plantas absorvem gás carbônico no processo de fotossíntese e liberação do gás oxigênio.

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