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quinta-feira, 21 de setembro de 2023

A BANALIDADE DO MAL


Hannha Arendt cunhou o conceito de banalidade do mal ao analisar o julgamento de Eichmann em Jerusalém. Dizia que ao renegar o pensamento, que segundo ela, era o diálogo consigo mesmo, os homens deixam de lado o caráter humano, banalizam a razão e a coerência e podem cometer as maiores atrocidades sendo meros "burocratas" cumprindo ordens.

O conceito, guardada obviamente as devidas proporções, pode muito bem ser aplicado a toda essa gente que acampou em quartéis, acreditou em discursos absurdos, em teorias da conspiração e que invadiu e quebrou Brasília pensando estar salvando a pátria. 

Mas, deve-se perdoá-los? Deve-se deixar todo o crime cometido de lado? 

Assim como Eichmann não pensou estar fazendo o mal, essas pessoas também não, mas nem por isso ele foi perdoado. Os bolsonaristas não tinham o desejo de fazer o mal, mas insuflados pelo líder e pelas redes sociais, sem refletir e dialogar consigo mesmo, cometeram crimes que devem ser punidos com todo o rigor.

Marco Antonio Gonçalves.

Viver é Perigoso

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