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segunda-feira, 27 de junho de 2011

PENSAMENTOS QUE NÃO LEVAM A NADA

Conversa de itajubenses da "velha guarda", no final de semana prolongado e com conclusões não concluídas.
Aquelas conversas que vão indo, vão indo e se encerram com as pessoas em silêncio esquisito, olhando para o horizonte com um se levantando e dizendo após um suspiro pesado:
 - A conversa tá boa mas temos que dar um jeito na vida.

A Fabrica de Armas de Itajubá, posteriormente chamada de Imbel, contribuiu muito para o desenvolvimento da cidade. Talvez não tanto pelo recolhimento de impostos diretos, mas muito pelos indiretos gerados pelos salários.
Produz armamentos há quase 80 anos. Pelos seus escritórios e unidades de produção passarão homens de alto gabarito e grandes cidadãos. Famílias foram constituídas e criadas.
Incontestável a positiva participação da Imbel na vida política, cultural e esportiva da cidade.
Lá funcionou durante muitos anos, internamente, uma categorizada escola formadora de mão de obra especializada.
Até aí, justo reconhecimento.
Lado ruim de pensar:
Quase oitenta anos produzindo armas. Equipamento de primeira linha. Qualidade inquestionável. Durabilidade quase eterna. Armamento sempre individual.
Para onde foram tantos mosquetões ? onde foram parar uma enormidade de fuzis FAL e suas evoluções técnicas ? Qual o destino de milhares (ou seriam milhões) de pistolas e revólveres de grosso calibre de uso exclusivo ?
Não produzem armamento para tiro ao alvo e caça esportiva.
Nos alivia o argumento sempre utilizado pelos seus próceres, segundo os quais, dali saem armas de defesa e não de ataque.
Uma enormidade, com certeza, está espalhada pela América do Sul. Outro tanto, pelo Continente Africano e países árabes. Saibam lá a quantidade que frequentou e frequenta os armários do submundo.
Para todos da terrinha que têm o pensamento girando em 360 graus, trata-se de uma questão no mínimo desconfortável.
Mas é uma realidade.

ER 
  

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