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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

FESTA BIZARRA

Paulo Nogueira descreveu legal. O assunto já é passado, mas é bom registrar.

O melhor retrato do futebol brasileiro foi a festa de premiação dos melhores do campeonato realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Uma comédia.
Primeiro, uma platéia que parecia estar na arquibancada, e bêbada, e não numa cerimônia de suposto congraçamento. Civiidade zero. Ronaldo teve que dizer no palco aos torcedores do Fluminense – ridiculamente vestidos com o uniforme tricolor quando até os jogadores estavam em trajes decentes — que você pode torcer por um time sem odiar os demais.
Depois, Lula sem nenhuma cerimônia ao lado de um homem que há poucos dias foi acusado pela seriíssima de receber propinas milionárias: Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Ninguém aconselhou Lula a tomar cuidado em não associar sua imagem à de Teixeira?
Finalmente o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. Sem dar a mínima atenção para as regras ele apanhou um microfone que não era para ele e disse uma verdade inconveniente e inoportuna. Elipticamente, Sanchez lembrou que o Fluminense, rebaixado no passado, só voltou à Primeira Divisão por uma virada de tapete. Sanchez falou a coisa certa na hora errada.
Compare a festa da CBF com a que a Fifa costuma fazer para premiar os melhores jogadores da Europa. Tente achar na platéia torcedor que berra e vaia. Veja se algum cartola fala na marra como Sanchez. Veja se encontra apresentadores tão despreparados, vítimas do próprio improviso em seu desenfreado sotaque carioca?
Será que não dá para pegar uns vídeos das festas da Fifa para aprender? Temos que mostrar, mesmo numa festa, que estamos 20 ou 30 anos atrasados?
Para coroar a comédia, só faltou o presidente do Fluminense pegar à força o microfone, como seu colega corintiano, e fazer um agradecimento público ao São Paulo e ao Palmeiras.

Paulo Nogueira




Um comentário:

Junior da Fabiana disse...

O Futebol e a politica vivem de coisas erradas na hora certa, para eles.