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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ESCUTANDO CONVERSA DOS OUTROS - 2

Deu no "O Globo", por Tatiana Farah

O cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, responsabilizou o ex-ministro José Dirceu pelos escândalos de corrupção do governo Lula, afirmando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "não merecia isso", em conversa com o então cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Christopher McMullen, em março de 2006.
Para dom Cláudio, Lula foi mal servido de pessoas que possuíam seus próprios interesses e, no caso de Dirceu, o ex-ministro aparelhou o governo para atender à ânsia de poder do PT. O encontro foi relatado em telegrama enviado ao Departamento de Estado americano, em 14 de março de 2006, e divulgado ao GLOBO pelo WikiLeaks.
O cardeal se encontrou com o cônsul meses antes de ser nomeado pelo Papa Bento XVI para um dos mais altos cargos do Vaticano, o de prefeito da Congregação para o Clero. Há poucos meses, com 76 anos, deixou o posto por atingir o limite de idade para o cargo.
Amigo de Lula desde os anos 70, dom Cláudio tentou poupá-lo das críticas que pesavam sobre ele no escândalo do mensalão e quanto ao crescimento econômico insuficiente à época. "Ele (o cardeal) sabia que Lula estava, de fato, desapontado por não ter criado mais empregos. E, então, veio o escândalo de corrupção", escreve o cônsul, que continua, citando a conversa com o cardeal:
- Não que ele (Lula) não soubesse de nada que estava acontecendo, como afirmou. Mas Lula foi mal servido pelas pessoas a seu redor, com suas próprias agendas, especialmente o ex-ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu.
O cônsul descreve a conversa que teve com dom Cláudio: "Era uma agenda para manter o PT no poder, um objetivo que requeria uma grande negociação de dinheiro. Para Dirceu, os fins justificam os meios. Dirceu, que é muito racional, um operador político astuto, queria ser o sucessor de Lula, e usou os poderes do governo, incluindo mais de 20 mil cargos de nomeação do presidente para esse fim (‘o que é injustificável na democracia’, Hummes disse)".

Blog: Até aqui nenhuma novidade, exceto a confirmação que Lula sabia do mensalão. Até rimou.

ER

4 comentários:

wartão disse...

Zé , me permita fazer um comentário que eu li e achei interessante:
Um fato muito importante para a reflexão das igrejas é a sua atuação como evangelizadora, que é na verdade sua verdadeira missão. A igreja não deve, ou não deveria, fazer política partidária apoiando de maneira explicita determinadas pessoas a cargos eletivos. Infelizmente é comum vermos igrejas(independente de seus dogmas), tomando partidos ideológicos.
A igreja não pode ser ingênua; a sabedoria do evangelho deve levá-la a entender que ela também pode ser usada pelos políticos, se corrompendo, no fisiologismo e no "é dando que se recebe", e se tornando escrava do político.
O político conhece a força da igreja e a busca como cabo eleitoral.
A política que deve ser exercida pela igreja é a política feita por Jesus, denunciando a injustiça, e promovendo o crescimento espiritual do homem, segundo os princípios evangélicos.
A sociedade é feita de homens e, ela somente será melhor quando o homem for melhor e aqui entra o papel da igreja de fomentar o crescimento interior do homem pela força do evangelho.

Anônimo disse...

O PT tem 360000 trezentos e sessenta mil filiados parasitas no governo federal.
De Itajubá há pelo menos 100.
Vc conhece um único petista que gera emprego ou renda?
Todos sem excessão vivem a custas de quem produz ou arrisca seu capital.
Se eu estiver mentindo , que alguém prove o contrário.
Dito Sapo

Anônimo disse...

Wartão,
Suas observações são corretas e de bom senso.
Em Itajubá temos um vice prefeito, que nada tem haver com o cristianismo, e usa há anos, a igreja católica, para seus fins políticos.

Anônimo disse...

Apóio Dito Sapo em gênero, número, grau. É gente que aprendeu na escola uma cantilena recheada de "porcos imperialistas, zelites, classe dominante e por aí vai". A cantilena é decorada, podem tirar prova. E alguns mais espertos fazem da crítica uma profissão, meio de ganhar a vida. Fato.