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terça-feira, 3 de agosto de 2010

SERTÃO NORDESTINO


VOZES DA SECA
É do Luiz Gonzaga e do Zé Dantas. Em 92/93 atravessamos de carro (um amigo e eu), em plena severa seca, de Recife até Brasília. Em alguns momentos dava vontade de chorar.
Seu doutô os nordestinos tem muita gratidão
Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão
Mas doutô uma esmola a um homi que é são
ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão.
É por isso que pidimo proteção a vosmecê
Home que nois escuído para as rédias do pudê
Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chove
Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem comê
Dê serviço a nosso povo, encha os rios di barrage
Dê comida a preço bom , não esqueça da açudage
Livre nóis assim da esmola, que no fim da estiage
Lhe pagamos até os juros sem gastar nossa corage
Se o doutô fizé assim salva o povo do sertão
Quandoum dia a chuva vim, que riqueza prá nação !
Nunca mais nóis pensa em seca; vai dá tudo nesse chão
Como vê nosso distino mercêtem nas vossa mão.
Ouçam:
ER

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