Translate

terça-feira, 24 de novembro de 2009

DREAM IS DEAD

Sempre fui de opinião que o IEI, depois EFEI e atual UNIFEI, tem a obrigação de se envolver mais com o desenvolvimento de Itajubá. Ao meu ver, na prática se envolve ainda pouco, (está aí o natal iluminado), nos sonhos, envolveu muito.
Considero o Sr. Reitor um homem capaz, e com quem tenho, com honra, um longo relacionamento de amizade. Com ele tive grandes discussões e debates homéricos, quase sempre pelas minhas dificuldades em acompanhar as suas idéias e os seus sonhos, que também se tornaram meus e de uma grande parte dos Itajubenses.
Com todo o respeito que ele merece, e isso é um elogio, o considero hoje "O Tocador de Flauta de Hamelin, Que Passou Por Itajubá".
Ele com o seu som mavioso, nos proporcionou bons momentos, com idéias sobre o desenvolvimento equilibrado, a busca constante pela diminuição das diferenças, do livre acesso a cultura, enfim, do novo Canaã, a terra do leite e do mel.
Pessoas e mais pessoas de todo o País, ficavam extasiadas com os detalhes do Projeto Tecnópolis.
Tudo seguia flutuando, até que chegamos a uma encruzilhada.
O Professor foi ser Reitor. O novo Prefeito indagado se daria continuidade ao Projeto, declarou em alto e bom som: Não sei o que é Tecnópolis. O empresariado resolveu ganhar dinheiro.
Lentamente, a parte do povo que seguia o flautista, decepcionada, foi notando uma diferença no som, que foi desafinando, diminuindo, ficando cada vez mais fraco e silenciou-se de vez.
O projeto foi levado para a UTI e de lá, lamentavelmente, para o campo santo.
Foi bom sonhar, que todas, eu disse todas, as nossas crianças iriam ter chances iguais. Todos os pais poderiam alcançar o máximo da realização terrena, exclamando: Os meus filhos terão uma vida melhor do que a minha!
Sonhar foi bom. Não conseguimos ver as árvores e muito menos colher os frutos, mas pelo menos imaginamos o sabor.
ER

Um comentário:

Alfredo disse...

Contradições:
Você postou um artigo dizendo que "viver é sonhar". Agora está dizendo que o sonho morreu?