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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

SEXTA FEIRA - É HOJE

Como dizia meu amigo Wellington Etrusco, nada na sexta -feira me tira o bom humor. Mas nada mesmo.
Não querendo cortar, mas cortando, o Wellington é cara que ia ser multado pelo, na oportunidade, único guarda de trânsito de Itajubá, o famoso "Meu", que fazia o policiamento de bicicleta, com aquela famigerada presilha no tornozelo para evitar que a barra da calça ficasse presa na corrente.
A multa foi suspensa quando atendendo ao pedido do "Meu", com o bloco de multas na mão, o Wellington soletrou o seu nome. O "Meu" se enroscou com as letras e disse a famosa e sábia frase: Desta vez passa.
Mas o assunto mesmo é a famosa sexta-feira livre de paletós, gravatas e ternos, instituida nos Estados Unidos e copiado pelas empresas de São Paulo. Isso aconteceu tempos atrás.
Nas primeiras, vexame total. Principalmente os engenheiros de Itajubá. Só num departamento da CESP, apareceram oito camisas iguais, todas oriundas da Joka ou Meri.
E a combinação de padrões e cores ? Era xadrez com listras, bolas marrons, calças farwest pega-frango e até uma camiseta com propaganda do Euclides Cintra para Deputado Estadual.
Lamentávelmente o RH foi obrigado a se reunir com o pessoal para uma orientação geral. Pegou mal .
Pior do que isso é quando do primeiro emprego. O recém formado engenheiro, vai trabalhar com o mesmo e solene terno de formatura, de forma ininterrupta por mais de um mês (até sair o primeiro salario que quase todo vai para as Lojas Colombo).
Camisa social ele ainda tem duas, lavando uma hoje e a outra amanhã.
Tudo bem que o último botão do colarinho não fecha e os modelos sejam antigos, com dois bolsões no peito, para levar jogos de caneta, calculadora, celular e caixinha de pastilhas de menta para disfarçar o bafo.
Tenho um conhecido, também engenheiro eletricista, homem de um terno só, que deu aquela tradicional engordadinha pós-formatura e numa mudança de cadeira em uma reunião fora da firma, sua calça se descosturou, literalmente de cabo a rabo.
Enquanto ele continuava na reunião só de calção (mineiro adora usar um calçãozinho adidas vermelhinho falsificado no lugar da cueca), um prestativo e habilidoso colega levou a calça para ser grampeada na sala ao lado. Isso mesmo. grampeada (grampos de escritório). Ficou boa, bastante ventilada, embora creio eu, um pouco desconfortável.
Acho que a Universidade poderia dar um treino nesse segmento, antes do pessoal sair para a vida.
ER

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