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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

MUSICA PARA TODOS

Sou acusado por muitos amigos de preferir musica americana a brasileira. Não é totalmente verdade. Para mim existem musicas boas e musicas ruins. Não estou falando de musicas que em determinados momentos marcaram nossas vidas. Essas não estão sob análise, pois certamente tem uma dose cavalar de sentimentos envolvidos.
Tá certo que sou apaixonado por blues, rock and roll dos anos 50 e country music e Jazz tradicional. Esse tipo de musica prevalece no Delta do Mississipi, impera em Nova Orleans (principalmente antes do Katrina), Memphis, Nashville e comercialmente em Chicago.
Penso que o ritmo tem uma raiz só, que seria a Mama Africa. Escravos foram levados estupidamente para a América do Norte, como foram trazidos para o Brasil. Creio que pelo clima(muita neve), eles sofreram mais no Sul dos EUA e juntando com os hinos dos quackers e a musica simples do campo, se manifestaram, visto de maneira simples, através do blues, que exprimem sentimentos a flor da pele.
Os negros vindos para o Brasil, principalmente já encontraram um ambiente mais favorável, com os portugueses católicos mais maneiros, muito sol e se expressaram através de uma musica mais alegre, mais descompromissada.
Adoro muitos bluseiros americanos, como Ingleses, como Eric Clapton. Mas hoje e desde há algum tempo, meu musico preferido é um cigano belga, praticamente sem movimentos na mão esquerda, devido a um incêndio em sua barraca, quando criança. Claro, ele toca jazz como ninguém. Falo de Django Reinhardt, que acompanhado de Stéphane Grappeli, no violino, parou Paris nos anos 30, sendo uma das paixões de Ernest Hemingway.
Como comida também é cultura, a comida do Delta (jambalay, etc) é parecidissima com a da Bahia, logicamente prevalecendo a pimenta.
Debates em aberto.
ER

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