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domingo, 8 de outubro de 2023

PORQUE HOJE É DOMINGO

Hamas


Não tem como não dar lida para entender um pouco a tragédia no Oriente Médio, com o noticiário sobre o ataque do Hamas a Israel e consequências.

O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. 

O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada (levante é o nome popular das insurreições dos palestinos da Cisjordânioa contra Israel).

Desde 2005, quando Israel retirou tropas e colonos de Gaza, o Hamas também se envolveu no processo político palestino. Venceu as eleições legislativas em 2006, pouco antes de reforçar seu poder no ano seguinte, derrubando o movimento rival Fatah,

Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo a atual Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. O documento também ataca os judeus como povo. Estatuto de 1988.

Em 2017, o grupo produziu um novo documento de política que suavizou algumas de suas posições declaradas e usou uma linguagem mais moderada. Não houve reconhecimento de Israel, mas ele aceitou formalmente a criação de um Estado palestino provisório em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Não confundir Hamas com o Hezbollah.

O Hamas é palestino e possui um viés sunita, tendo sua origem na Irmandade Muçulmana nos anos 1980. Já o Hezbollah é libanês, de viés xiita, e surgiu durante a ocupação israelense do Sul do Líbano nos anos 1980 e 1990.

Os dois grupos, embora tenham Israel como inimigo comum, são extremamente diferentes na forma de agir e na maneira como foram formados. Há ainda uma enorme disparidade no poderio militar, com a organização libanesa sendo incomparavelmente mais poderosa do que a Palestina.

Lembrando, em 1947 a ONU criou o Comitê Especial para a Palestina, a fim de tratar da decisão pela partilha territorial. O eleito para a Assembleia Geral de 1948, que ficou encarregado de gerir essa questão, foi o brasileiro Oswaldo Aranha, que advogou em favor da criação do Estado judaico e conclamou uma votação de delegados das nações então constituídas.

Todos os países árabes votaram contra a criação de Israel e a divisão do território. Alguns países ocidentais, como a Inglaterra, não votaram, mas a maioria votou a favor. O Estado de Israel foi então declarado oficialmente existente. 

Em maio de 1948 foi declarada a Independência do Estado de Israel por David Ben Gurion.

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Viver é Perigoso

Um comentário:

Anônimo disse...

Sobre Israel e Palestina/Hamas
Prezado, sempre é bom lembrar que junto com o Estado de Israel em 1947 também foi criado um estado Árabe-Palestino, que incluía a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Dessa forma, aproximadamente metade do território seria ocupada por um desses povos, e Jerusalém, a capital, ficaria sob administração internacional. A ONU estabeleceu o seguinte: Israel seria formado por 53,5% das terras; Palestina seria formada por 45,4%.
Como você disse Israel declarou sua independência (reconhecida por EEUU e URSS imediatamente) 6 horas antes do término do mandato britânico sobre a área. Os britânicos exerciam esse mandato desde o fim da Segunda Grande Guerra em nome da ONU. Os árabes e palestinos não aceitaram a criação de Israel e não declararam a sua própria independência, pois assim pensavam, seria obrigatório reconhecer a existência de Israel. Talvez aí seu grande erro. A Palestina só foi declarada independente em 1988. Três guerras aconteceram 1948/9, 1967 (Seis Dias) e 1974 (Yom Kipur). Egito recuperou seus territórios perdidos em 1966 (Península do Sinai) os palestinos nada, só perdem. Além das ocupações militares há o problema crescentes dos assentamentos de colonos judeus nos territórios ocupados. Sem dúvida essa constante ocupação é um dos vários entraves para uma paz. Lembrando que já morreram assassinados por terem patrocinados acordos de paz entre israelenses e árabes Yitzhak Rabin e Anwar Al Sadat - Primeiro ministro de Israel e Presidente do Egito. Desde a ascensão dessa direita em Israel as negociações de paz não acontecem mais e as ocupações continuam mesmo condenadas pela ONU. Sempre lembrando que a Faixa de Gaza (tamanho de São Luiz – MA, 2,1 milhões de pessoas) estrangulada por Israel e Egito o acesso à água é bastante escasso e esgotamento sanitário zero. As redes de saúde e educação são deficitárias e não possuem atendimento universal, a economia não existe. Hamas impera.
Observador de Cena