"Heróis da Paz " - O que os ganhadores do Prêmio Nobel da Paz têm a nos dizer - Irving Abrahams - Editora /Gutemberg - 140 páginas - Leitura atualíssima.
Obra inspiradora que apresenta trechos dos discursos de agradecimento pelo Prêmio Nobel da Paz desde sua criação, em 1901. Apresenta a perspectiva dos laureados sobre: paz, os elos da humanidade, fé, esperança, a tragédia da guerra, violência e não violência, direitos humanos, política e liderança. Com a biografia de cada ganhador.
Prêmio Nobel da Paz de 1994
Por seu papel na criação dos Acordos de Oslo, os israelenses Yitzhak Rabin e Shimon Perez, juntos com o palestino Yasser Arafat, receberam o Prêmio Nobel da Paz de 1994
Para os poucos que estão chegando agora, estes acordos (Oslo) previam o término dos conflitos, a abertura das negociações sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém.
Yitzhak Rabin - General, político e estadista israelense (1922/1995) até seu assassinato em 1995. Os Acordos dividiram muito a sociedade israelense, com alguns vendo Rabin como um herói por promover a causa da paz e alguns o vendo como um traidor por doar terras que consideravam pertencer por direito a Israel. Disse:
" Existe apenas uma maneira radical de preservar o ser humano. Sem armaduras, tanques aviões ou fortificações de concreto. A solução radical, senhoras e senhores, chama-se Paz!"
Yasser Arafat - Líder da Autoridade Palestina, da OLP e da Fatah 1929/2004)
Arafat continua a ser uma figura controversa. Os palestinos geralmente o veem como um mártir que simbolizava as aspirações nacionais de seu povo. Os israelenses o consideravam um terrorista. Disse:
"A paz não pode ser alcançada senão após a cessação da escalada militar e ao cerco econômico e financeiro."
Shimon Peres - Político israelense Primeiro-Ministro e Presidente do PAÍS (1923/2016). Disse:
"Um homem sente-se tão velho quanto a sua idade e tão novo quanto os seus sonhos. “Estou certo de que irei ver a paz durante a minha vida. Israel não pode chegar a um acordo de paz com os palestinos de modo isolado. O Estado precisa de paz com todo o mundo árabe.”
Viver é Perigoso
Um comentário:
Que tenhamos que reconhecer que o Hamas é um grupo terrorista que sequestrou e matou.
Que tenhamos que reconhecer que Israel tem direito a existência.
Que tenhamos de reconhecer que há mais de 25 anos Israel não dá um passo para negociações que levem a uma paz possível.
Que tenhamos que reconhecer que os palestinos tem o mesmo direito a existência.
Que tenhamos de reconhecer que milhares de palestinos civis morrerão caso uma invasão a Gaza pelo exército israelense aconteça....
Mas é muito triste,no momento, reconhecer que a ONU, com todas as melhores cabeças pensantes da diplomacia mundial, por interesses políticos mesquinhos dos membros de seu Conselho de Segurança, não consiga impor a obrigatoriedade de um corredor humanitário na Faixa de Gaza.
Fracasso civilizacional. Barbárie a vista.
Observador de Cena.
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