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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

ADEUS ÀS ARMAS

Mesmo adversários eternos, não inimigos, sentimos uma certa nostalgia ao lembrar do velho e combativo partido nos anos 90.
Tempo que iam na igreja para rezar e aproveitar para fazer proselitismo. Hoje vão na igreja para se justificarem e fazer um cadinho de proselitismo. Se sobrar um tempinho até rezam, saltando uns trechos das orações que ficaram complicados até de pensar.
Diziam os antigos, que a esquerda no poder se endireita.
Diziam também que governo é como violino: Toma-se com esquerda e para tocar, usa-se a direita.
Já foram figuras que em certo momento corresponderam com a realidade.
Hoje a fartura e o comodismo da ceva dominou os antigos combatentes. Estão robustos, usando roupas XL e com ouvidos moucos as vozes roucas das ruas.
Alguns poucos percebendo a irreversibilidade da direção tomada, saltaram dos caminhões e choramingam pelos partidos nanicos e chegam até vagar como zumbis por ongs da vida.
Raros dão conta de parcerias mal feitas e a necessidade de retomar os ideais da revolução social. São poucos.
Como fazer prevalecer em assembléias a necessidade de abandonar as confortáveis e bem sortidas trincheiras e enfrentar o risco dos sonhos (e compromissos ) ?
Hoje se torna praticamente impossível o retorno às velhas e desbotadas calças jeans, camisetas vermelhas Hering, as sandálias "Birken Stock " cover e o sacolão levado à tiracolo lotado de material para panfletagem.
Não tenho apreciado vê-los vencendo. Vê-los lutar era animador.
Dificilmente veremos mais. Estão todos gordos políticos.
Entendemos sua luta Professor.

Ex - Aluno

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