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domingo, 14 de agosto de 2011

MODELO HISTÓRICO

Comentário do Valter Bianchi - De André Araujo

O quadro de um politico sólido bancando com seu capital eleitoral e pela sua exclusiva vontade um sucessor tem longa historia e conhecidas repetições na historia politica brasileira(vide exemplos Lucas N.Garcez/Adhemar de Barros; Quercia/Fleury; Maluf/Pitta; só para citar governos de SP, etc.). No primeiro momento o cargo parece um presente do padrinho para o afilhado. Assim pensam os dois, mas com o desenrolar do mandato, o afilhado começa a achar que recebeu mais onus do que bonus, mais compromissos a acertar do que vida mansa. Percebe tambem que SÓ E POSSIVEL GOVERNAR SE TODOS ACHAREM QUE ELE TEM PODER. Se a maquina administrativa e o Legislativo acharem que quem manda é o patrono politico, o eleito não consegue mandar nem no copeiro do Palacio e a tarefa de governar se torna impossivel. Não é ingratidão e nem traição, é uma realidade concreta. Ou o governante APARENTA E EXERCE PODER ou será desprezado e não vai conseguir comandar a administração. Então o afilhado começa a pensar: toda a responsabilidade é minha, todo risco é meu, mas o padrinho quer ter o poder, quer dizer, vai querer exercer o poder sem riscos e sem onus, isso não é possivel. Observando o quadro atual vê-se que o processo é da natureza das coisas, não é produto de falha de carater do afilhado. Ele precisa ter poder de fato para governar e PRECISA DEMONSTRAR QUE TEM PODER, senão sua vida será uma desgraça. O atual quadro da Presidente Dilma parece seguir esse precedente mas parece o desdobramento desse modelo histórico.

Por André Araujo. Post do Valter Bianchi 

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